Retração no mercado de implementos rodoviários pode estar perto do fim

Da redação 15.08.2016 – 

Queda no emplacamento tende a se estabilizar e poderia ser um sinal que os piores tempos começam a ser ultrapassados. Falta de reação no mercado urbano ainda pesa, segundo Anfir.

O cenário do mercado de implementos rodoviários ainda é difícil, mas parece haver algum sinal de mudança em julho. Segundo a Anfir, entidade que congrega os fabricantes do setor, houve uma estabilização da retração na média de 30% em relação a 2015. Explicando: nos primeiros seis meses, a queda foi de 30,6%. Quando se consideram os sete meses desse ano, a redução apontou um índice de 31%. A parada é atribuída ao setor de implementos pesados, puxados pelo segmento de agronegócios, o qual não teria sido afetado pela crise.

“Acredito que chegamos a um ponto de inflexão na curva de queda”, explica Alcides Braga, presidente da ANFIR. “Diante dos sinais de volta da confiança na economia poderemos observar nos próximos meses um início de recuperação que reduziria o resultado negativo do setor”, completa.

De janeiro a julho de 2016 a indústria de implementos rodoviários emplacou 37.429 unidades, ante 54.347 produtos no mesmo período do ano passado. Isso representou retração de 31,13%.

No segmento Pesado (Reboque e Semirreboque), dos 15 setores pesquisados pela ANFIR somente os ligados ao agronegócio – Graneleiro/Carga seca e Canavieiro – registraram variação positiva.No período a indústria entregou 14.704 produtos ante 17.699 unidades de janeiro a julho de 2015, registrando retração de 16,92%.

Em relação aos implementos para o semento de Leves, a falta de reação no mercado urbano ainda pesa: de janeiro a julho as empresas entregaram 22.725 unidades contra 36.648 produtos no mesmo período de 2015. Isso representa variação negativa de 38%. “A parte da economia ligada ao comércio e serviços nas cidades ainda não apresentou qualquer sinal de recuperação da crise o que explica a queda generalizada em todos os setores no segmento Carroceria sobre Chassis”, explica Mario Rinaldi, diretor Executivo da Anfir.