Rio Tocantins se torna um corredor logístico

Governo paraense expediu licença ambiental que permite que o Rio Tocantins seja usado como um corredor logístico para cargas e passageiros

Por Redação

em 13 de Janeiro de 2025
Rio Tocantins

Os portos do Arco Norte terão uma nova via hidroviária na região amazônica a partir de 2025, com o início da navegação comercial e de passageiros no Rio Tocantins. O Governo do Estado do Pará, por meio da Secretária de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS), expediu licenças de Operação das eclusas de Tucuruí, o que permitirá a navegação no Rio Tocantins entre sua Foz e Marabá (PA).

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Segundo Flávio Acatauassú, diretor presidente da Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica (Amport), a notícia é importante pois a autorização do estado permite o transporte não só de cargas, mas também de passageiros pelo baixo Tocantins. “Estamos muito felizes com essa notícia que tanto irá agregar ao desenvolvimento comercial da navegação na região, como também possibilitará uma nova rota de transporte para as comunidades que residem ou trabalham às margens do Rio Tocantins”, explicou.

Empresas já mostram interesse no corredor logístico do Rio Tocantins

Flávio afirmou que já há empresas interessadas em iniciar a navegação no corredor logístico do Rio Tocantins. O interesse inicial é movimentar grãos provenientes de Mato Grosso e Tocantins no período das cheias do rio, que vão de janeiro a junho, mesmo sem as intervenções de dragagem e derrocamento previstas, percorrendo a rota que se inicia em Marabá e termina em Vila do Conde.

A Amport prevê uma boa movimentação de granéis neste corredor já no primeiro semestre de 2025, com destaque para a soja.

A notícia vem movimentar ainda mais o Arco Norte, que vem crescendo ano a ano na última década e já conta com capacidade instalada de 52 milhões de toneladas. “Teremos capacidade para movimentar cerca de 100 milhões de toneladas nos próximos cinco anos. Isso só comprova a eficiência dos portos da região amazônica, que investem forte em eficiência e inovação, aliadas à sustentabilidade”, finalizou Flávio Acatauassú.