Segundo novembro mais chuvoso da história garante vários dias de vertimento em Itaipu

Chuvas garantem dias de operação tranquila na hidrelétrica binacional, que está operando em capacidade máxima e já comemora o início de dezembro, com chuvas fortes e indicando que este deve ser mais um mês de água em abundância.

Da Redação – 07.12.2015 – 

Foto de divulgação das Cataratas do Iguaçú
Foto de divulgação das Cataratas do Iguaçú

O mês começou chuvoso e importante para o vertimento da usina de Itaipu, a exemplo do que ocorreu em novembro, quando a hidrelétrica passou mais tempo com o vertedouro aberto do que fechado. A situação é bem diferente da enfrentada no último verão, quando, em novembro, por exemplo, não houve nenhum vertimento em Itaipu, que estava com o seu reservatório numa cota bem menor do que a atual.

Hoje, a usina está operando na cota 220,40m acima do nível do mar. Em um só dia da semana passada, por exemplo, a hidrelétrica verteu 11,4 mil metros cúbicos de água por segundo, o equivalente a dez vezes a vazão média das Cataratas do Iguaçu, em torno de 1,2 mil metros cúbicos de água por segundo em períodos de seca e 1,5 mil metros cúbicos de água por segundo em épocas de cheia.

Duas das três calhas foram abertas para liberar o excedente não usado para a produção de energia elétrica em Itaipu. Uma segunda calha normalmente é aberta quando o vertimento supera os 10,5 mil metros cúbicos de água por segundo. A medida é operacional.

Mesmo vertendo, Itaipu está produzindo em capacidade máxima para suprir o Brasil e Paraguai.  Em novembro, o vertedouro ficou 26 dias aberto e quatro fechados.

Segundo a Itaibu Binacional, boa parte dessa situação confortável se deu graças à função do fenômeno El Niño, um dos mais intensos de todos os tempos, já comparado aos registrados em 1997/1998 e 1982/1983. Para se ter ideia, novembro de 2015 foi o segundo mais chuvoso da história, perdendo só para 2002. No mês passado choveu 311 milímetros. No ano do recorde foram 418,80 milímetros.