Simulação computacional pode detectar problemas em mina de ferro

Da Redação – 14.01.2016 –

Software permite avaliação de projetos de engenharia para desenvolvimento de soluções eficientes e redução de custos.

Foto de Ilustração fornecida pelo banco de imagens da Samarco
Foto de Ilustração fornecida pelo banco de imagens da Samarco

Após a instalação de equipamentos e início das operações, uma mineradora verificou que os chutes de transferência de pellet feed dos filtros a disco de 160 m² não operavam da forma prevista no projeto original. A história é da Chemtech, empresa que fornece soluções de engenharia e TI industrial, e segundo a qual forneceu tecnologia para ajudar a solucionar esse problema numa planta de minério de ferro brasileira.

O Rocky DEM, software para simulação computacional com precisão do comportamento de partículas de diferentes formatos, teria avaliado a planta da mina para reproduzir virtualmente a estrutura, conseguindo simular o transporte de materiais na unidade, o que permitiu identificar o comportamento de escoamento do minério no chute de descarga do filtro.

O Engenheiro Químico da Chemtech, Saulo Chiquito, conta que foi com o apoio da simulação que ele e sua equipe puderam avaliar o conjunto de equipamentos instalados na planta da mina, analisando a velocidade das partículas e da correia transportadora, eficiência dos motores dos equipamentos, impacto na estrutura do chute – que possui dimensões aproximadas de 8m de altura por 4m de comprimento – entre outras variáveis.

Após as análises, a equipe de engenharia elaborou uma solução visando a mínima intervenção possível na planta. “A equipe fez a avaliação dos equipamentos que recebiam as cargas em regime de batelada e da possibilidade de serem implementados outros equipamentos, como mesas de impacto”, explica Chiquito.

A solução proposta também contemplou dispositivos internos como caixas de rocha inclinadas, que atuariam na redução da velocidade de impacto do material sobre a correia transportadora e no alinhamento da descarga sobre o eixo de simetria da correia de transporte. “Conseguimos reduzir significativamente a velocidade de chegada do material de cerca de 10 a 12 metros por segundo para 2 a 3m/s”, finaliza.