Tecido que reduz contaminação chega ao setor de transportes rodoviários

Redação – 08.09.2020 –

Uma tecnologia desenvolvida pela Rhodia está sendo produzida pela empresa têxtil ChromaLíquido para reduzir o índice de contaminação de bactérias e vírus, incluindo a classe dos coronavírus, em transporte público e privado de passageiros. O tecido, que reveste assentos e demais áreas em ônibus e micro-ônibus é produzido a partir do fio Amni Virus-Bac, que tem matriz polimérica com agentes antiviral e antibacteriano.

Segundo a Grifebus, empresa que fornece tecidos para forração e tapeçaria de ônibus e parceira da ChromaLíqudo nessa solução, a ação antiviral e antibacteriana permanece durante toda a vida útil do artigo têxtil, com a mesma eficácia e de maneira uniforme, mesmo em condições extremas de uso e manutenção. A eficácia foi comprovada por laboratórios independentes, seguindo os protocolos têxteis internacionais contidos na norma ISSO18184 (Determination of Antiviral Activity of Textile Products) e na norma antibacteriana AATCC100.

“De forma geral, vírus e bactérias podem aderir às superfícies têxteis, facilitando a transmissão cruzada, ainda mais no transporte, onde o volume de passageiros é muito elevado e constante. Segundo estudos recentes, o novo coronavírus pode ficar ativo por pelo menos dois dias em temperatura ambiente. A nossa solução visa atacar, justamente, esta fragilidade do transporte, com um tecido confeccionado a partir do fio antiviral e antibacteriano, que possui efeito permanente, inclusive após lavagens periódicas e atrito constante. O material pode ser aplicado não apenas em capas e bancos, como também em cortinas, anteparos, divisórias e superfícies do ônibus, reduzindo significativamente os riscos de transmissão”, diz Fábio Seno, gerente geral da Grifebus.

Desde maio, a Grifebus trabalha em projetos dessa natureza, já tendo prestado serviços a um grande fabricante de ônibus e a uma empresa de transporte urbano, que estão adaptando seus veículos. “Temos capacidade para executar vários projetos de forma concomitante. A adaptação de um ônibus, por exemplo, pode levar cerca de 15 dias. Nossa expectativa é triplicar nosso faturamento nesta área até o final do ano, gerando empregos”, complementa.