Tecnologias de Rede devem nortear o mercado de telecom em 2015

Da Redação – 25.02.2015

O mercado de Telecomunicações na América Latina e Caribe tem recebido atenção especial nos últimos anos, principalmente devido à chegada de players internacionais e a necessidade de investimentos em infraestrutura de rede. Um artigo de Hector Silva, diretor de Tecnologia para América Latina da Ciena, confirma a máxima e aponta as 5 tecnologias que devem ser destaque neste ano.

Video 4K, LTE e 5G disputando as cidades

Dados móveis, vídeos de alta definição e streaming de vídeo 4K adicionarão mais pressão à rede metropolitana. Essas aplicações exigem um enorme aumento de conectividade e capacidade por usuário, disponibilizando diversos recursos para aumentar a competitividade. O Brasil, por exemplo, está pesquisando e desenvolvendo um 5G que combinará múltiplas frequências para atingir velocidades de até 200 Mbps.

SDN/NFV mais popular

Em 2013, a maioria das pessoas estava falando sobre SDN e NFV de forma teórica, ao passo que, em 2014, mais empresas demonstraram soluções e softwares que colocam SDN/NFV em um contexto mais amplo. As empresas estão levando suas opções de SDN mais a sério, com os provedores latino-americanos se alinhando mais com a América do Norte e a Europa para definir e implementar as exigências.

O recente relatório “Tamanho de Mercado e Previsão de Hardware e Software de SDN e NFV”, da Infonetics, prevê que os mercados de NFV e SDN chegarão a US$ 11 bilhões em todo o mundo em 2018.

Serviços sob demanda e maior eficiência para as empresas

O tema dos serviços sob demanda está sempre nas conversas sobre monetização da rede, especialmente no contexto do excesso de provisionamento. Hoje, os serviços de conectividade são uma experiência em grande parte estática, o que significa que, depois que os parâmetros e atributos de serviço são definidos, o resultado é sempre o mesmo. A era das redes em nuvem já provou que a conectividade estática não é mais suficiente.

Para 2015, estima-se que três bilhões de dólares do mercado estático deverão passar para o mercado sob demanda, isso se mais prestadores de serviços começarem a oferecer este formato. Espera-se também que as operadoras utilizem soluções com análises em tempo real para fornecer ferramentas para melhorar os recursos instantaneamente e acompanhar o ritmo das crescentes exigências de largura de banda e de serviços, ao mesmo tempo permitindo estratégias mais avançadas de monetização.

Novos esforços para uma “Universidade Sem Muros”

Muitas pessoas veem o ensino à distância, ou uma “universidade sem muros”, como a solução para o desafio da educação na América Latina. Além disso, o advento do movimento do Curso On-line Aberto em Massa (MOOC) cria ramificações interessantes para o ensino superior na região, abrindo uma porta para oferecer mais acesso à educação de qualidade e por meio da aprendizagem on-line.

Para ser bem-sucedido nisso, é importante ter a infraestrutura certa funcionando para dar acesso banda larga a novas oportunidades de educação nas comunidades.

A transformação das redes e novas formas de geração de receita

Empresas e fornecedores estão vendo claramente a necessidade de transformar suas infraestruturas para oferecer suporte a uma gama de serviços mais ampla. Para triunfar nesse mercado de conectividade altamente competitivo e em rápida evolução, as operadoras precisam diferenciar seus portfólios e aumentar as oportunidades de geração de receita.

Um estudo recente divulgado pela GSMA mostrou que a América Latina foi uma das regiões que mais cresceram no mundo em termos de conexões via smartphones, entre 2010 e 2013, com a base instalada de smartphones crescendo 77% ao ano (CAGR – taxa de crescimento anual composta) durante o período. Os smartphones foram responsáveis por quase 30% das conexões móveis na região no final de setembro de 2014 (200 milhões) e a previsão é que represente 70% do total (605 milhões) até 2020.

O relatório da GSMA também indicou que a América Latina terá a segunda maior base instalada de smartphones do mundo, atrás apenas da região Ásia-Pacífico.