Transmissão automática avança nos caminhões de lixo

Da Redação – 11.11.2015 –

Montadoras estão ampliando adoção da tecnologia. Para os motoristas, o recurso significa deixar de trocar mais de mil marchas num só dia de trabalho.

Há um ditado em inglês que diz que o “diabo está nos detalhes”. Esse é o caso da transmissão automática, recurso que facilita a vida de motoristas de operações complexas. É o caso dos profissionais por trás dos volantes de caminhões bombeiros e de movimentação de minérios. E dos motoristas das empresas coletoras de lixo, segundo a Allison Transmission. A empresa destaca que 1,2 mil veículos do segmento possuem sua tecnologia FuelSense, que combina a redução de combustível com o aumento da produtividade. Na Fenatran, evento do setor de transporte que acontece nessa semana em São Paulo, a empresa anunciou outra montadora que passa a fazer parte de sua lista, a Mercedes Benz.

A fabricante alemã passou a equipar seus caminhões Atego 1729 com a solução da Allison. Os equipamentos têm como foco o segmento de coleta de resíduos, ao lado de outros modelos da MAN e da Scania, duas outras clientes da fabricante de transmissão. Do lado dos frotistas, a Vega é um exemplo: a empresa não cita a quantidade de caminhões que adota o recurso, mas avalia que a produtividade da frota com o FuelSense estaria entre 15% e 20% maior do que os veículos que possuem transmissão manual.

Já o Grupo Solví, focado no mesmo segmento, tem cerca de 600 caminhões compactadores, metade dos quais já adota a transmissão automática. No Grupo Marquise, outro player do setor, todos os caminhões de três eixos – segundo a Allison – possuem o FuelSense e os demais veículos devem passar a ter a tecnologia gradualmente. No Rio, a Comlurb teria adotado a tecnologia como obrigatória nos editais para licitação de caminhões para recolhimento de lixo.