O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), é o primeiro terminal do País a implantar um fluxo de embarque de passageiros automatizado com biometria, contemplando os processos de acesso às áreas restritas e salas de embarque, oferecendo mais segurança a todos os elos da aviação civil. A solução começou a ser testada em dezembro do ano passado e estará disponível para operação em breve.
Ao todo são onze equipamentos biométricos automatizados (e-Gates), sendo sete espalhados no acesso as áreas restritas nacional e internacional e quatro espalhados nas áreas de salas de embarque nacionais e internacionais. Já a utilização da biometria no embarque na aeronave acontecerá de forma gradativa pelas companhias aéreas para a adaptação, tanto do processo operacional como da experiência dos passageiros e tripulantes.
A tecnologia foi instalada pela empresa Sita em parceria com a Digicon, fabricante de equipamentos de controle de acesso. Além disso, o projeto conta com a parceria do Serpro, estatal de TI do governo federal e responsável pela plataforma de validação de informações biométricas dos passageiros e tripulantes.
Como funciona
Para utilizar os e-Gates automatizados, o passageiro poderá optar pelo fluxo manual, que é o padrão atual, ou fluxo biométrico. Para utilizar o fluxo manual, o passageiro deve seguir o processo de identificação vigente em ambas as áreas e posicionar o código de barras do cartão de embarque em papel ou eletrônico na leitora de cartões do e-Gate.
Quanto à utilização do fluxo biométrico, vale destacar que sua adoção ocorrerá ao longo dos próximos meses e bastará o passageiro optar pelo uso da biometria durante a realização do check-in de seu voo no app da própria companhia aérea e seguir as instruções. O registro biométrico é valido por até cinco anos, sem a necessidade de repetir o processo para voos futuros.
Com a novidade, não será mais necessário a apresentação do cartão de embarque ou crachá de tripulante para acessar a aeronave, basta utilizar seu rosto como método de identificação se posicionando no local indicado para acionamento da câmera e processo biométrico.
Em princípio, a companhia aérea Gol será a primeira a operar com os novos equipamentos em Viracopos. A Azul, maior companhia em número de voos e destinos atendidos a partir de Viracopos, estuda ingressar na operação de embarques por biometria ao longo de 2025.
Com essa tecnologia será possível economizar tempo e recursos nesses importantes processos que demandam tantos esforços do aeroporto e companhias aéreas, além de proporcionar mais uma camada de segurança.
Expectativas para o futuro da biometria em Viracopos
Para o próximo ano, o aeroporto pretende aumentar os usuários que podem utilizar a biometria para o processo de filtro de segurança, incluindo os concessionados do aeroporto (como lojistas). Complementarmente, serão iniciados os estudos para incluir o Sita Smart Path Bag Drop, que fornecerá ao Aeroporto de Viracopos a tecnologia capaz de realizar o auto despacho de bagagens por meio de biometria, além de deixar a experiência dos passageiros mais fluida. No futuro, o uso dessas ferramentas biométricas pode ser estendido a outros processos como identificação dos passageiros nas salas VIP, no Duty Free, entre outras aplicações.
O Aeroporto Internacional de Viracopos já possui a tecnologia de rastreamento de bagagens, o SITA BagMessage, que foi implementada em 2024. Os resultados mostram uma melhora expressiva no processamento do fluxo de malas do terminal, garantindo que o aeroporto receba mensagens de origem de bagagem em tempo hábil enquanto gerenciam as múltiplas conexões com os sistemas das companhias aéreas.