Produzido por Canaris Informação Qualificada – 17.12.2015 –
Dois ramais, com 2,9 km e 11 km, são enterrados e passam por baixo de regiões com grande movimento de trânsito ou de às lagoas, totalizando aproximadamente 17 iniciativas que exigiram aplicação de método não-destrutivo (MND).
O Parque Olímpico, no Rio de Janeiro, vai ser palco de 16 modalidades esportivas e outras dez paraolímpicas em 2016. Distribuída num terreno de 1,18 milhões de metros quadrados, a instalação tem uma grande quantidade de recursos, incluindo um centro principal de mídia para a transmissão dos jogos e vários centros de esportes, inclusive o aquático. Considerando a organização simultânea de atividades esportivas e a cobertura da imprensa mundial, chega-se à conclusão óbvia que o Parque não pode ficar sem energia.
É por essa razão que ele será abastecido por duas subestações diferentes da concessionária local de energia elétrica. A redundância significa que, em caso de interrupção de uma das linhas, a segunda continua ativa. Embora extremamente importantes, as linhas de transmissão que abastecem as duas subestações estão enterradas no solo, longe das vistas do público. E o desafio olímpico de construir essa fase subterrânea coube à construtora carioca P Tavares de Carvalho Construções. A Intech Engenharia participou da empreitada como um dos parceiros da companhia.
“A obra faz parte do escopo da empresa Energia Olímpica S/A (SPE) especialmente criada para a ativação da estrutura de energia do Parque Olímpico e que tem participação de Furnas e da Light”, explica o diretor da empresa, Marco Antônio Paiva de Carvalho. Ele conta que a construtora, que tem alta especialização em obras no setor elétrico, assumiu a responsabilidade pelas obras civis e eletromecânicas de construção dos dois ramais de transmissão. Um deles tem cerca de 2,9 km, enquanto o segundo é mais extenso, com quase 11 km. Ambos os trechos são enterrados e passam por baixo de regiões com grande movimento de trânsito ou foram instalados subterraneamente às lagoas, totalizando aproximadamente 17 iniciativas que exigiram o chamado método não-destrutivo (MND). Além de novos, os ramais também incorporam recursos modernizadores, incluindo a maior digitalização – o que permite um monitoramento mais eficaz – e a modularidade, o que facilita as intervenções de manutenção.
O projeto desenvolvido pela Energia Olímpica S/A especificou onde seriam necessárias as obras de MND, cujo método adotado foi a perfuração horizontal direcional (HDD), seguido da inclusão de dutos. A INTECH assumiu parte desse escopo. “Quando definimos quem seriam os parceiros procuramos empresas que já tivessem feito esse tipo de serviço e a INTECH foi nossa parceira no passado, inclusive em outro trecho próximo ao Parque Olímpico”, destaca o Engenheiro Celso dos Santos Tedesco, Gerente de Obra da P. Tavares de Carvalho Construções Ltda. Ele explica que a construtora carioca foi pioneira no uso do HDD, adotando a tecnologia desde 1982. Com 43 anos de experiência, a empresa acabou especializando-se em obras civis do setor elétrico, em que é parceira das grandes empresas do setor. O know how da companhia, no entanto, envolve outros segmentos como construção de estradas e construções de saneamento básico.
De acordo com ele, a INTECH mobilizou uma equipe experiente para atuar na obra, inclusive com a ativação de equipamentos adequados. Para avanço dos trechos, a P Tavares de Carvalho Construções Ltda oferece o suporte logístico local, incluindo o suprimento de água e de aditivos de perfuração. Do lado da construtora, o processo é liderado pelo engenheiro Celso dos Santos Tedesco, com forte apoio de Aristômeno da Silveira Guedes, o chefe de operações em campo. Guedes destaca não só a organização da INTECH na execução do HDD, como as iniciativas de segurança, incluindo o chamado DDS – Discurso Diário de Segurança. Outro recurso importante, segundo ele, é o kit de mitigação de vazamento, um conjunto de produtos especialmente separado para evitar a contaminação do lençol freático em caso de incidentes na obra.