Expansão da infraestrutura dos provedores pode acontecer até pela rede de esgoto

Por Nelson Valêncio – 02.06.2016 – Eduardo Grizendi participou da mesa que discutiu o compartilhamento de infraestrutura, agora pela manhã, em São Paulo, durante o 8 ISP, promovido pela Abrint. Os provedores de serviços de internet (ISPs) devem estar o mais próximo possível das prefeituras, argumenta o diretor da RNP, Eduardo Grizendi. Ele foi um […]

Por Redação

em 2 de Junho de 2016

Por Nelson Valêncio – 02.06.2016 –

Eduardo Grizendi participou da mesa que discutiu o compartilhamento de infraestrutura, agora pela manhã, em São Paulo, durante o 8 ISP, promovido pela Abrint.

Os provedores de serviços de internet (ISPs) devem estar o mais próximo possível das prefeituras, argumenta o diretor da RNP, Eduardo Grizendi. Ele foi um dos palestrantes da mesa redonda que discutiu o uso compartilhado de infraestrutura durante o 8 ISP, evento organizado pela Abrint. O especialista destacou várias alternativas de uso compartilhado de infraestrutura, inclusive a canalização de água e esgoto, para a instalação de dutos para telecomunicações. Esse tipo de iniciativa já acontece no Japão e nos Estados Unidos, de acordo com ele.

Para o especialista, uma das estratégias das ISPs é a aproximação com o poder municipal das cidades onde atuam. A proximidade facilita a identificação de projetos de redes subterrâneas, independente do tipo de concessionária, e pode favorecer o compartilhamento da mesma vala.

“O custo de implantação do duto é irrisório. Caro é a abertura e fechamento de valas”, explica Grizendi. Segundo ele, ao conhecer os projetos de outros concessionários – via proximidade com as prefeituras – os provedores podem abrir novas frentes de compartilhamento e não ficar dependentes somente das redes aéreas das concessionárias de energia ou do compartilhamento com as grandes operadoras de telecomunicações.

Outra solução citada pelo especialista é o uso de microvalas, abertas com espessuras variáveis entre 15 e 20 mm e profundidade de 30 cm, as quais podem agrupar, em média, até 3 cabos ópticos com até 50 fibras, ampliando o avanço das redes subterrâneas de menor custo. “São cabos especiais, que não podem ser tracionados e que devem ser instalados via sopramento, mas que permitem uma expansão rápida da malha óptica”, defende Grizendi.

O diretor da RNP também destaca o avanço das redes subfluviais, notadamente o projeto Amazônia Conectada, coordenada pelo Exército Brasileiro.

Diferentemente dos municípios brasileiros, algumas cidades já “civilizaram” a questão de compartilhamento de redes. É o caso de Estocolmo, que criou uma companhia municipal, a Stokab. A empresa é responsável pela instalação da infraestrutura e a venda da capacidade de rede de fibra óptica.