Concreteiras reinventam-se no mercado recessivo e movimentam a cadeia do concreto

Por Rodrigo Conceição Santos – 25.08.2016 – CONCRETE SHOW ESPECIAL – A queda de 9,5% no setor cimenteiro do Brasil – saindo de 71 milhões de toneladas em 2014 para 65 mi/t em 2015, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic), está literalmente mexendo com o mercado. Com a expectativa de que neste […]

Por Redação

em 25 de Agosto de 2016

Por Rodrigo Conceição Santos – 25.08.2016 –

concreto1CONCRETE SHOW ESPECIAL – A queda de 9,5% no setor cimenteiro do Brasil – saindo de 71 milhões de toneladas em 2014 para 65 mi/t em 2015, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic), está literalmente mexendo com o mercado. Com a expectativa de que neste ano a retração seja de mais 10% a 12%, as mudanças se aceleram, principalmente na parte industrializada dessa cadeia, que ainda é pequena, devendo estar na faixa de 22%, mas onde o mercado se projeta para a venda de equipamentos e tecnologias avançadas.

É o que mostra um caso da Supermix, ao qual o InfraROI apurou com exclusividade. A concreteira comprou duas beton-bomba, que nada mais são do que autobetoneiras com uma pequena bomba de concreto acoplada. Como esse tipo de equipamento atende obras de menor porte, a indicação é de que a concreteira está começando a “invadir essa praia”, buscando novos negócios no varejo para suprir sua lucratividade e abrindo espaço para negociações de maquinários e tecnologias diferentes.

“Vendemos a segunda beton-bombas para a Supermix, que está testando o equipamento em dois Estados diferentes do país. Acreditamos que a tendência será de mais vendas nesse sentido”, diz Edison Ferreira Rosa, superintendente comercial da fabricante de equipamentos Convicta.

Osman Galid Didi, diretor da Polimix, valida que é hora de movimentação no mercado de concretagem. Nesse caso, ele confidenciou ao InfraROI que concreteiras de menor porte – ou mesmo aquelas maiores que não são genuinamente desse mercado – estão começando a desfazer de ativos e, quando não, a ser adquiridas por concreteiras especializadas. “Algumas até irão desistir do segmento”, diz. Para ele, esse é o lado positivo da crise, que está permitindo ao mercado se adequar profissionalmente.

Mesmo validando o período de recessão, o empresário revela estar trabalhando com cenário positivo já a partir de março do ano que vem e projeta que o ano de 2017 será semelhante ao de 2014 e que em 2018 o país voltará a consumir o pico de 75 milhões de toneladas de cimento em 2013.