Da redação – 15.09.2016 –
Infraestrutura passa a ser uma opção de distribuição em contraponto ao satélite. Acordo interliga fornecedores de conteúdo a empresas de TV por assinatura e companhias com plataformas digitais inovadoras.
A operadora americana Level 3 entra na concorrência de distribuição de vídeo. Ela não produz e nem entrega essa oferta para o cliente final, operação realizada pelas empresas de TV por assinatura ou pelas OTTs, caso da Netflix. Mas a Level 3 faz uso do seu melhor ativo para isso: as redes ópticas. Hoje, o mercado tradicional de distribuição de TV integral tem sido dominado por serviços via satélite. Nesse caso, segundo a operadora americana, os contras incluem compressão, latência, gastos e despesas operacionais significativas. Aí entraria a vantagem das redes ópticas.
Em função de ser um meio muito mais amplo de transmissão, a infraestrutura óptica permite que os provedores de conteúdo dimensionem a distribuição de seus canais para companhias MVPDs e OTT em todo o mundo. A qualidade de vídeo torna-se também mais alta, uma vez que os produtos passam a ser transmitidos por uma malha de alta capacidade, mais segura e com redundância. O controle torna-se maior, pois as redes ópticas permitiriam que os provedores tenham maior visibilidade dos serviços oferecidos.
Tecnicamente explicado, vamos ao empacotamento: o novo serviço da Level 3 recebeu o nome de Vyvx Linear Channel Distribution (LCD), que passa a distribuir o conteúdo de programadoras como a FOX, replicando-os para empresas de TV a cabo e por satélite. Do lado dos programadores, a oferta também foi destacada. É o caso da Fox, que ressaltou (de acordo com a Level 3) uma demanda forte da sua programação por parte de plataformas digitais e de OTT não tradicionais.