Com R$ 16 bi “no forno”, setor ferroviário cobra agilidade do governo

Da redação 17.10.2016 – Há uma quantia de cerca de R$ 16 bi prontinha para aquecer a economia. E ela vem do setor ferroviário, cuja associação de classe que o representa, a Abifer, cobra agilidade do governo na repactuação dos contratos de concessões vigentes. Em suma, isso significa ampliar o prazo de vigência. Segundo a […]

Por Redação

em 17 de Outubro de 2016
Foto de Divulgação da Rumo ALL

Da redação 17.10.2016 –

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Há uma quantia de cerca de R$ 16 bi prontinha para aquecer a economia. E ela vem do setor ferroviário, cuja associação de classe que o representa, a Abifer, cobra agilidade do governo na repactuação dos contratos de concessões vigentes. Em suma, isso significa ampliar o prazo de vigência.

Segundo a Abifer, as negociações dos termos da repactuação com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) começaram em junho de 2015, quando o Programa de Investimentos em Logística (PIL) foi lançado pela ex-presidente Dilma Rousseff e as tratativas mais avançadas foram são com as concessionárias Rumo Logística, VLI e MRS.

A decisão ainda não saiu e deve ocorrer por meio de medida provisória (MP) estabelecendo regras da repactuação dos contratos vigentes e também de audiências públicas a serem realizadas em paralelo. “Nossa expectativa é de que a assinatura da repactuação da Rumo aconteça este ano. Após essa primeira, esperamos que os contratos da VLI e MRS saiam mais rapidamente ainda no primeiro trimestre de 2017”, diz Vicente Abate, presidente da Abifer.

Para ele, a celeridade no processo é fundamental, já que a demora na repactuação dos contratos coloca em risco o ritmo da produção dos fabricantes de vagões e locomotivas e de toda a sua cadeia produtiva em 2017. “Ao conseguir equacionar os contratos junto ao governo, os investimentos previstos das operadoras em melhorias na via permanente, aquisição de material rodante e expansões serão mais imediatos. Para a indústria ferroviária, isso significa uma continuidade no volume de contratos com concessionárias e a manutenção da mão de obra atual”, afirma.

Em 2015 o setor entregou 4,7 mil vagões e 129 locomotivas, o que foi o recorde histórico no segmento. Para 2016, a previsão é entregar 4 mil vagões e 100 locomotivas, número que está dentro da média esperada para a década atual, segundo Abate.

Além dos investimentos imediatos e já citados, a rápida definição em torno das concessionárias pode acarretar também no destravamento de investimentos a curto prazo, especificamente na renovação da frota de vagões e locomotivas com mais de 40 anos, o que geraria um acréscimo de 10% na contratação de mão de obra, segundo a Abifer