Case identifica mudança no setor de escavadeiras e lança novos modelos para ganhar mercado

Por Rodrigo Conceição Santos – 18.11.2016 – Empresa percebe que a representatividade das escavadeiras de 20 toneladas, que era de 62% há três anos, cai ano a ano, e lança novos modelos com produção nacional para cobrir essa lacuna. A Case Construction lançou seis novas escavadeiras, com modelos que vão de 13 t a 37 […]

Por Redação

em 18 de Novembro de 2016

linhadeproducao_case-1-800x534Por Rodrigo Conceição Santos – 18.11.2016 –

Empresa percebe que a representatividade das escavadeiras de 20 toneladas, que era de 62% há três anos, cai ano a ano, e lança novos modelos com produção nacional para cobrir essa lacuna.

A Case Construction lançou seis novas escavadeiras, com modelos que vão de 13 t a 37 toneladas de peso operacional. Todas estão sendo produzidas no Brasil, com índice mínimo de 60% de nacionalização, o que as torna passíveis a financiamentos governamentais, como o Finame, do BNDES. Segundo Roque Reis, vice-presidente da empresa para a América Latina, esses lançamentos ocorrem por dois motivos: primeiro porque há tendência de descentralização das escavadeiras de 20 toneladas no mercado brasileiro. E depois porque as máquinas de todos os fabricantes precisam de nova motorização, que atenda aos limites de emissão de poluentes que vigorarão a partir de janeiro de 2017.

“Nos últimos anos, percebemos a demanda por modelos de escavadeiras diferentes da faixa de 20 toneladas”, confirma Reis. Em sua avaliação, a representatividade dessa faixa, que já foi de 62% em 2013, deve fechar este ano em 47%. A proporção perdida, diz ele, está dividida entre outras classes de escavadeiras, que atendem demandas variadas em diferentes regiões – e aplicações – no Brasil.

No Estado do Espírito Santo, por exemplo, a demanda por equipamentos de 13 toneladas não para de crescer, segundo Roque Reis. Ele e sua equipe ainda não tabularam o motivo, mas já identificaram a oportunidade e têm trabalhado nesse sentido. “Também há um número expressivo de clientes procurando uma alternativa próxima à escavadeira de 20 toneladas e é por isso que incluímos um modelo de 18 t, em substituição à máquina de 16 t que tínhamos na série anterior”. Nesse caso, a área florestal, principalmente o processamento de madeira, é o principal foco.

Os seis modelos da nova série de máquinas da Case Construction são de equipamentos de 13 t, 18 t, 22 t, 24 t, 35 t e 37 toneladas. Duas delas, as de 24 e 37 toneladas, na verdade são uma versão reforçada dos modelos imediatamente menores. Elas levam contrapeso maior, braço mais curto e caçamba maior, além de reforço em todo o chassi.

Nova motorização
Carlos França, gerente de marketing da fabricante para a América Latina, diz que além de levarem motores eletrônicos e que atendem ao padrão de emissões de poluentes TIer III, dos EUA (equivalente ao que o Conama passa a exigir a partir de janeiro no Brasil), a nova série de escavadeiras foi pensada de várias formas para reduzir consumo de combustível.

O sistema hidráulico, por exemplo, ganhou um processo de regeneração no cilindro de movimentação do braço das escavadeiras. Isso faz com que o óleo que sai pressurizado da bomba hidráulica possa ser recirculado no próprio elemento estrutural da escavadeira, sem precisar voltar para a bomba, em algumas atividades. Isso, obviamente, reduz o acionamento da bomba e a necessidade de energia para ela, o que poupa combustível.

Até mesmo o ar condicionado sofreu alterações. Se o operador estiver com vidros ou portas abertas, por exemplo, o sistema identifica que é preciso reduzir a potência do ar condicionado. Em locais frios, ele também identifica a temperatura interna e igualmente reduz o ar condicionado.

A tubulação do elemento estrutural foi redimensionada para evitar perdas de carga, aquecimento do óleo hidráulico e carga desnecessária ao sistema. E a nova motorização teve a rotação um pouco reduzida, melhorando a eficiência ao se adaptar a diferentes condições operacionais. “Com essas e outras modificações, chegamos a modelos que são 14%, em média, mais econômicos que os da série anterior”, conclui Carlos França.