Custo da energia solar cai e fonte pode decolar

Da redação – 24.11.2016 – Avaliação é a da consultoria McKinsey, que aponta uma redução de 70% nos custos totais de instalação desde 2009. A geração solar está finalmente saindo do armário, segundo artigo publicado pela consultoria McKinsey nesse mês. Agora, essa fonte de energia pode tornar-se mais competitiva na avaliação dos especialistas, uma vez […]

Por Redação

em 24 de Novembro de 2016

Da redação – 24.11.2016 –

Avaliação é a da consultoria McKinsey, que aponta uma redução de 70% nos custos totais de instalação desde 2009.

A geração solar está finalmente saindo do armário, segundo artigo publicado pela consultoria McKinsey nesse mês. Agora, essa fonte de energia pode tornar-se mais competitiva na avaliação dos especialistas, uma vez que nos últimos sete anos a redução dos custos totais de instalação teria atingido os 70% em nível mundial. Os investimentos da China e dos Estados Unidos parecem confirmar isso: a primeira ativou uma capacidade recorde de 15 GW no ano passado e os Estados Unidos instalaram a metade disso no mesmo período. Os investimentos de capital somaram 161 bilhões de dólares, o maior aplicado em uma única fonte de geração.download-17

É claro que os custos pesam nisso. O mundo inteiro investe em energia solar porque ela está ficando mais barata. Segundo a McKinsey, os novos acordos de compra de energia tem sido frequentemente fechados a um índice abaixo de US$ 100 por megawatt hora (MWh), com alguns alcançando US$ 30,4/MWh. Seriam valores abaixo, por exemplo, ou pelo menos no mesmo nível da geração de plantas de gás natural. As questões regulatórias também dão sua contribuição. Nos Estados Unidos, a chamada Investment Tax Credit fortalece a adoção do modal solar.

Em função dessas tendências, a avaliação da consultoria é que entre 2.000 e 3.000 GW de capacidade devem ser atingidas pela geração solar em 2025. Para efeito comparativo, isso seria a metade da produção de energia elétrica atual. Embora brilhante, o futuro do ecossistema necessariamente não vai favorecer todos os envolvidos. A concorrência é grande e o valor de algumas empresas teria caído nos Estados Unidos, levando a uma reestruturação.

Fatores macroeconômicos também podem interferir. É o caso da baixa dos preços de óleo e gás e um aumento nas taxas de juros. Esse último é um complicador sério, considerando-se que os projetos de energia solar são altamente sensíveis aos custos de capital.

Lutando pelas margens de lucratividade

Com várias entrantes, o mercado de projetos de energia solar tem visto seus lucros reduzirem de margem. Trata-se de uma indústria relativamente jovem, o que torna os custos de construção variáveis e não tão padronizados como em outros segmentos. Para manter margens atrativas, vários players têm construído suas plantas de forma mais rápida, favorecendo sua entrada em produção e abocanhando o potencial de mercado mais rapidamente. Ou seja, quem domina melhor os projetos e a execução das obras de usinas solares pode estar em melhor condição.

Outro desafio é atrair os investidores de capital interessados em projetos de longa operação. Devem ser projetos que gerem caixa por períodos mais extenso e de forma contínua. Vários modelos têm sido pensados para tornar mais flexível os investimentos pesados em capital dentro do balanço dos potenciais investidores.