Da Redação – 24.08.2017 –
Foco envolve pequenas centrais hidrelétricas, fonte eólica e mercado solar fotovoltaico
Até então uma comercializadora independente de energia, a Tradener entra na etapa de geração com um aporte de R$ 600 milhões nesse ano e o foco na matriz renovável. A trinca de escolha da empresa para estrear na área envolve o investimento em pequenas centrais hidrelétricas, as chamadas PCHs, energia eólica e o desenvolvimento de painéis fotovoltaicos. O financiamento para os projetos vem do BNDES e da participação de outras instituições financeiras.
Agora, a questão: por que a empresa que somente atuava na negociação de energia no mercado livre resolveu arregaçar as mangas e partir para a geração em si? Walfrido Avila, presidente da Tradener, explica: garantir energia suficiente a preços competitivos para comercializar para seus clientes. “Quando começamos, em meados de 1998 para 1999, no início do mercado livre, havia muita energia sobrando. Só que a partir de 2010 a gente começou a sentir uma queda nos investimentos”, argumenta o executivo. “Vimos que poderia faltar energia no mercado livre e que o preço poderia subir. Então resolvemos produzir nossa própria energia”. Ponto.
Na prática, a companhia tem planos concluídos para construir seis pequenas centrais hidrelétricas (PHCs) em Goiás. Todas devem ter, juntas, capacidade de geração de 120 megawatts (MW). A primeira já está sendo construída entre os municípios de Palestina de Goiás e Arenópolis e deverá iniciar operação comercial até abril de 2019.
Na área eólica, a Tradener tem um projeto na Bahia e dois no Rio Grande do Sul, com capacidade total de geração de 90 MW e 340 MW, respectivamente. “Estamos trabalhando para iniciar a construção da primeira parte deste projeto (30 MW) ainda em 2017, para a comercialização da energia no mercado livre”, comenta Avila.