Da Redação – 12.09.2017 –
Companhia emite debêntures de infraestrutura e deve investir na melhorar sua rede de água e esgoto de suas concessionárias
A Aegea acaba de emitir debêntures incentivadas de infraestrutura no valor de R$ 155 milhões. Os recursos foram viabilizados pela sua controlada Nascentes do Xingu e serão utilizados para ampliação do sistema de abastecimento de água e redução de perdas, assim como para ampliar o sistema de coleta e tratamento de esgoto de quatro concessionárias de Mato Grosso (Águas de Campo Verde, Saneamento Básico Pedra Preta, Águas de Primavera e Águas de Sorriso).
O resultado da emissão – a segunda realizada no setor de saneamento básico – é que a Aegea acessa novamente o mercado de capitais, diversifica as suas fontes de captação de recursos e alonga o perfil de sua dívida. A emissão teve rating AA (bra) atribuído pela Fitch, tem prazo de vencimento de sete anos e um mês e será amortizada em duas parcelas, em 2023 e 2024.
As debêntures de infraestrutura, enquadradas na Lei 12.431/11, garantem a isenção de imposto de renda para investidores estrangeiros ou para pessoas físicas, com o objetivo principal de ampliar as opções de financiamento e promover o mercado de capitais como fonte de recursos de longo prazo, especialmente para o segmento de infraestrutura. São elegíveis para captação dessa modalidade somente os projetos considerados prioritários pelo governo.
Segundo a Aegea, a emissão está alinhada com a estratégia da empresa em diversificar fontes de financiamento e complementa os financiamentos via bancos comerciais e de fomento, mercado de capitais e agências multilaterais. Entre os investidores do grupo estão o International Finance Corporation (IFC), membro do Banco Mundial, o Fundo Soberano de Cingapura (GIC) e o Fundo Global de Infraestrutura (GIF).
Com sete anos de operação, a Aegea é dona de um quarto do mercado privado de saneamento básico no Brasil e atende cerca de 5,4 milhões de pessoas em 48 municípios de dez estados brasileiros.