Cabo submarino de SP a Nova York pode ter capacidade 50% maior

Da Redação – 29.09.2017 – Teste foi aplicado no Seabras-1, que interliga as duas cidades numa extensão de 10,5 mil km e seria uma marca na indústria óptica Apesar de ter a luz como base nem sempre as notícias do setor óptico são exatamente claras, mas vamos lá: um teste recente feito no cabo submarino […]

Por Redação

em 29 de Setembro de 2017

Da Redação – 29.09.2017 –

Teste foi aplicado no Seabras-1, que interliga as duas cidades numa extensão de 10,5 mil km e seria uma marca na indústria óptica

Apesar de ter a luz como base nem sempre as notícias do setor óptico são exatamente claras, mas vamos lá: um teste recente feito no cabo submarino Seabras-1, de propriedade da Seaborn Networks, mostrou que essa auto-estrada de banda larga debaixo do oceano pode ter sua capacidade de transporte ampliada em 50%. O incremento teria sido conseguido com uso da plataforma XTS-3300, da fabricante Infinera, e que é direcionado para o transporte óptico em redes metro e de longa distância. No caso do Seabras-1, com seus 10,5 mil km, a categoria é de um cabo ultralongo. Resumidamente, a plataforma da Infinera mostrou que pode melhorar a eficiência espectral da infraestrutura já instalada em relação às tecnologias convencionais.

Pra quem é técnico no assunto ou fanático por detalhes, a informação oficial é “o teste 8QAM demonstrou 4,5 bits por segundo por hertz no cabo Seabras-1, propriedade da Seaborn e operado pela mesma, com uma distância de mais de 10.500 quilômetros (km), permitindo a capacidade de até 50% mais do que os sistemas sem tecnologias avançadas coerentes, tal como as subportadoras de Nyquist e compartilhamento de ganhos SD-FEC. Este teste eleva o padrão do desempenho óptico, fornecendo a maior eficiência espectral do mercado em um produto de transmissão comerzializável”. Compreendem o porquê do paragrafo anterior?

Existem detalhes ainda mais complexos, mas vamos guardar a informação de que o Seabras-1 é um dos cabos submersos sem qualquer tipo de compensação mais longos do mundo, conectando diretamente a América do Norte e a do Sul. A infraestrutura já tem o XTS-3300 ativado, cujos recursos permitem suportar coletivamente até 18,2 terabits por segundo por fibra para distâncias acima de 10.000 km. Na avaliação de Larry W. Schwartz, presidente e CEO da Seaborn Networks, a “plataforma valida a liderança tecnológica da Infinera na transmissão submarina e a atualização da capacidade maximiza o retorno sobre o investimento”.

Os testes que comprovam a melhoria de capacidade espectral – e, portanto, maior poder de transmissão de dados – fazem sentido: segundo a Infinera, a demanda de largura de banda cresce em mais de 45% ao ano nas redes ópticas submarinas de longa distância.