Da Redação – 04.03.2017 –
Pesquisa da Logicalis mostra que 54% das companhias já têm ou está em processo de adotar algum tipo de solução de Internet das Coisas
As concessionárias de serviços públicos (utilities) posicionam-se na vanguarda quando o assunto é ativar tecnologias de Internet das Coisas (IoT) em suas operações: 45% tem aplicação e outras 9% estão em processo de ter. Dentro de um ano, outras 18% do setor deve aderir. Em resumo: um quarto das companhias estrevistadas pela Logicalis está fora desse cenário, seja por não ter planos para IoT ou porque não tem nenhum projeto na área.
Realizada anualmente, o levantamento denominado IoT Snapshot de 2017 ouviu 172 executivos, sendo que 160 deles participaram de uma pesquisa quantitativa por telefone. Os 16 restantes foram entrevistados pessoalmente e trabalham para 12 empresas diferentes, incluindo três operadoras de telecomunicações e o BNDES. As utilities representam de 7% da amostragem. Outros setores também fizeram parte do levantamento, caso da engenharia e construção (6%) e óleo e gás (2%).
Independente do setor, a IoT acontece na prática para 18% das empresas e outras 19% estariam em processo de adoção, o que confirma o melhor posicionamento das utilities. Um dado talvez ajude a explicar o processo: nas concessionárias de serviços públicos, 60% das empresas possui área de inovação, diferentemente de outros segmentos, onde a maior média é de 26% (manufatura e serviços). No de agronegócios só uma em cada 10 companhias ouvidas tem um departamento específico.
“Quando existe uma área de inovação, a tendência é que os projetos de IoT sejam liderados por elas”, detalha o documento divulgado pela Logicalis. O relatório mostra ainda que orçamento dos projetos de IoT fica abaixo de 1% do faturamento das empresas entrevistadas, o que significaria orçamentos médios de R$ 3 milhões por projetos.
A pesquisa indica ainda que três áreas dominam as aplicações de IoT nas empresas: engenharia e produção (24%), processos de logística e operação (24%) e marketing/vendas/administração e RH, com 22%. Já as barreiras para adoção são de ordem financeira (28%) ou pela falta de cultura a respeito (24%) ou ainda pela imaturidade de soluções (21%).