Operadoras de telecom perdem R$ 320 mi/ano com roubos e furtos

Da Redação – 17.11.2017 – Mas há soluções para evitar ou reduzir o problema que afeta a infraestrutura de rede física das empresas do setor Uma conta salgada, com nome e sobrenome, pesa no balanço das operadoras de telecomunicações todo ano: roubo e furto. Nessa lista entram desde materiais como os cabos de cobre das […]

Por Redação

em 17 de Novembro de 2017

Da Redação – 17.11.2017 –

Mas há soluções para evitar ou reduzir o problema que afeta a infraestrutura de rede física das empresas do setor

Uma conta salgada, com nome e sobrenome, pesa no balanço das operadoras de telecomunicações todo ano: roubo e furto. Nessa lista entram desde materiais como os cabos de cobre das redes metálicas até as baterias que funcionam de backup nas torres de telefonia móvel. Os números do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil) indicam que somente no caso de cabos metálicos o prejuízo  é de 4 milhões de metros de rede, surrupiados anualmente. É claro que esse volume sai da malha das operadoras para a venda clandestina. Os R$ 320 milhões de perdas em infraestrutura, se recuperados, viabilizariam a ativação de 640 torres com antenas de telefonia móvel, melhorando a cobertura celular.

Segundo Heitor Mori, gestor de Negócios da Redex Telecom e profissional com currículo de atuação em grandes operadoras de telecom no país, existem iniciativas para combater o problema, a começar pelo projeto de lei, na Câmara dos Deputados, para tornar mais rígidas as penas de combate a esse crime. Como a frente legislativa ainda é uma incógnita, ele recomenda ações técnicas como forma de ação nas operadoras. A cartilha do especialista inclui a proteção de vários componentes da infraestrutura física de rede. E, segundo ele, é preciso começar pelos subterrâneos: as tampas das galerias de rua.

Por estarem geralmente em locais distantes, elas são totalmente vulneráveis. O problema é que as galerias subterrâneas também costumam hospedar as redes de maior capacidade – e, portanto, com mais cabeamento e mais cobre. Para Mori, a incidência de criminosos nesses locais tem crescido gradativamente. “Uma das nossas soluções é o travamento das tampas por parafusos codificados, controlando o acesso às galerias”, resume. O recurso limita o acesso, agora só possível com utilização de chave correta e de porte único da operadora. “Já temos várias instalações desse tipo no Brasil”, adianta.

Numa escala ainda mais avançada, algumas operadoras, inclusive, já padronizaram os tampões para um sistema que inclui ainda o travamento. Nesses casos, a Redex também desenvolveu solução específica, não só fornecendo os tampões padronizados, como também adicionando os parafusos codificados.

Redes aéreas não estão imunes

Apesar dos cuidados necessários contra os crescentes furtos e roubos em redes subterrâneas, Heitor Mori lembra que a maioria dos crimes ainda ocorre em redes aéreas. A vulnerabilidade, nesse caso, se deve à grande capilaridade da infraestrutura instalada em postes, principalmente nos bairros periféricos. A dinâmica de roubo também é conhecida: criminosos cortam a fixação da cordoalha para roubar o cabo. “Por isso, desenvolvemos um sistema de travamento com fita de aço inox e travamos o cabo com a cordoalha”, informa. “A medida dificulta o roubo, pois o criminoso precisaria cortar o cabo e a cordoalha, algo que não se faz facilmente”, completa.

Uma tecnologia ainda mais avançada, em desenvolvimento pela Redex, envolve monitoramento do cabo, seja ele aéreo ou subterrâneo, por meio de GPS. “Essa é uma solução que combina monitoramento remoto com internet das coisas e deve ser lançada pela Redex em breve”, revela.

Outra solução de combate atende, principalmente, as operadoras móveis. O foco de proteção são os bancos de baterias que funcionam como backup quando há falta de energia na rede tradicional. “Esse é um problema sério, razão pela qual criamos diversas soluções. Elas envolvem, inclusive, a implantação de cabines de aço, reforçadas com sistemas de travamento por parafusos codificados em casos de maior vulnerabilidade”, conclui o especialista.