Por Fernando Pinho * – 24.11.2017 –
Portugal está situado no extremo sudoeste da Europa e ocupa algo como 17% da Península Ibérica, com uma população aproximada de 10 milhões de habitantes. Os brasileiros formam a segunda maior colônia de estrangeiros. O país tem uma fronteira de 1300 km com a Espanha e possui um litoral atlântico de 830 km. Na abrangência desse litoral estão os arquipélagos da Madeira e dos Açores. Os Açores situam-se a 800 km a oeste de Lisboa e suas ilhas, de natureza vulcânica, espalham-se por uma área de 650 km quadrados. O arquipélago da Madeira está situado a 965 km a sudeste de Lisboa e é composto por Madeira e Porto Santo. De país atrasado até o início da década de 1970, teve na Revolução dos Cravos (1974) uma alteração completa desse cenário. Com a volta da democracia, na década de 1980, começou a obter protagonismo, assumindo características de acentuada modernidade, comparada ao resto da Europa. Com a adesão do país à CEE (Comunidade Econômica Europeia), ocorreu um surto de desenvolvimento extraordinário, com a modernização de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, hospitais e a introdução de modernas técnicas agrícolas. Complementando os setores exportadores tradicionais – cortiça, resinas, têxteis, sardinha em lata e vinhos –, houve também grande incremento na montagem de automóveis e produção de cimento.
Quem conhece bem Portugal, acompanha a sua história e para lá viaja com frequência desde os anos 1960, assombra-se com o progresso alcançado em tão curto intervalo de tempo. O pequeno país passou por muitos percalços, nessa trajetória, mas superou-os com muita galhardia, a ponto de tornar-se grande receptor de capitais e imigrantes. O mercado imobiliário português tornou-se alvo de grandes investidores estrangeiros, não só para a construção de imóveis novos, como também para as restaurações de maravilhosos edifícios centenários (o chamado “retrofit”). E os preços são muito mais baixos do que no Brasil, com um padrão de alta tecnologia.
No último mês de outubro, um banco brasileiro especializado em câmbio e uma das maiores imobiliárias do mundo promoveram em São Paulo um evento fechado para investidores qualificados, visando divulgar e esclarecer os benefícios de investimentos imobiliários em Portugal, comparando-os com o Brasil e o resto do mundo.
Nos últimos quatro anos, um número recorde de brasileiros tem solicitado a dupla cidadania, visando aportar recursos no mercado imobiliário e para lá mudarem-se, atraídos por inúmeras vantagens, a saber: a) O setor imobiliário é muito desenvolvido em termos de qualidade, liquidez, transparência e dinamismo; b) Há isenção de imposto sucessório nas transmissões de bens; c) A recuperação econômica de Portugal é sustentável; d) É o terceiro país mais seguro do mundo; e) A carga tributária é menor do que a média europeia; f) O custo de vida mais baixo que o brasileiro; g) Há estabilidade política; h) O clima é temperado; i) Os fatores históricos, emocionais e o idioma em comum que unem Brasil e Portugal são muito relevantes; j) Há fácil e rápida mobilidade por toda a Europa (rodovias, aeroportos e trens de alta velocidade); k) Mais de 70 voos semanais ligam Portugal às principais cidades brasileiras; L) Há cobertura de internet banda larga em 95% do país; M) Lisboa é ganhadora de diversos prêmios de turismo: Melhor destino Europeu e Melhor destino de Curta Duração na Europa; N) Portugal foi eleito, em 2017, como o melhor país do mundo para as pessoas aposentarem-se e O) O ranking Expat Insider considerou o país como o quinto melhor do mundo para ir, viver e trabalhar.
Numa era de xenofobia acentuada em caráter global, tornou-se Portugal um oásis para quem busca qualidade de vida e segurança para investir. A leitura da obra “Os Portugueses”, de Ana Silvia Scott (Editora Contexto), contribui sobremaneira para a compreensão de Portugal moderno.
* Fernando Pinho é economista, palestrante e consultor financeiro da Prospering Consultoria.