Combate a perdas comerciais: ROI em menos de um ano

Da Redação – 22.12.2017 – Estudo indica casos que resultaram em economia de superaram 170 milhões de euros em empresas europeias   A multinacional espanhola Indra resolveu consolidar os dados sobre mais de vinte concessionárias de serviços públicos da Europa, África e Estados Unidos, com foco em perdas (técnicas e não técnicas, também chamadas de […]

Por Redação

em 22 de Dezembro de 2017

Da Redação – 22.12.2017 –

Estudo indica casos que resultaram em economia de superaram 170 milhões de euros em empresas europeias  

A multinacional espanhola Indra resolveu consolidar os dados sobre mais de vinte concessionárias de serviços públicos da Europa, África e Estados Unidos, com foco em perdas (técnicas e não técnicas, também chamadas de comerciais). O resultado foi o estudo Technical and non-technical Energy Losses Control: making electricity more affordable and accesible while reducing costs. Na prática, o estudo mostrou que as reduções anuais podem chegar a 170 milhões de euros – dependendo do tamanho da companhia – e que o retorno de investimento (ROI) dos projetos aconteceria em menos de um ano.

As ações para redução de perdas, por sua vez, poderiam levar a reduções absolutas de quase 5% no orçamento de concessionárias de energia, gás e saneamento. As iniciativas envolveriam a implantação de soluções e  contratação de serviços ou inspeções. Segundo o relatório, cada projeto requer um enfoque específico, adaptado às necessidades de cada empresa, o que torna fundamental, na avaliação da Indra “definir as características e origem das perdas e implementar ações efetivas para sua redução em curto prazo, a fim de obter resultados rápidos e implantar políticas sustentadas no tempo”.

Ainda de acordo com o estudo, as perdas comerciais podem chegar até 40% das perdas totais de energia e estão normalmente associadas a diferentes fatores como as conexões ilegais ou manipulações, dificuldades na medição do consumo real ou ineficiências nos processos internos de contratação, leitura e faturamento de cada empresa.

“Entender as características da base de clientes da empresa e onde se pode criar uma nova fraude potencial é essencial para manter sob controle as perdas não técnicas. De fato, comprovamos que inspecionando somente 10% dos fornecimentos com maior probabilidade de fraude, detectam-se 70% da fraude real”, aponta Juan Prieto, gerente de Controle e Modelo de Energia na Indra.

De acordo com ele, com um nível de perdas de 40% é possível alcançar reduções em três anos de até 20%, mas, com um nível de 10% e o mesmo esforço, é possível chegar em três anos a 8%. “Nossa experiência mostra que as utilities que contam com uma unidade especializada em redução de perdas estão obtendo retornos do investimento realizado em seis meses” argumenta Prieto.Fatores como o grau de acerto sobre as causas das perdas, a efetividade das ações estabelecidas para a redução ou o grau de maturidade da organização são os principais fatores que influenciam no sucesso dos projetos de redução.

O relatório mostra ainda que, independentemente do tamanho dos mercados e do preço dos recursos utilizados para produzir energia, a redução das perdas tem um impacto significativo na rentabilidade. Como regra geral, quanto maior o custo das fontes de energia, maior será o efeito benéfico da redução de perdas não técnicas, devido ao efeito combinado do aumento das entradas e a diminuição dos gastos.

A partir da sua experiência, a companhia comprovou que uma melhoria de 5% em perdas implica em um aumento de entradas entre 860 milhões a 4,3 bilhões de euros anuais para um mercado médio de 50 Terawatt/hora (50TWh), dependendo do preço da energia. Da mesma forma, essa mesma redução de perdas em um mercado de pequeno porte (7TWh), sugere um aumento nas entradas entre 20 e 60 milhões de euros.