Internet das coisas chega às redes veteranas de telecom

Da Canaris – 19.01.2018 –  Criado na Itália e aperfeiçoado no Brasil, sistema de pressurização de infraestrutura metálica protege a planta das operadoras e garante monitoramento em tempo real, inclusive com software próprio     Apesar do avanço da fibra óptica, praticamente metade dos 28,5 milhões de acesso em banda larga que o Brasil tinha […]

Por Redação

em 19 de Janeiro de 2018

Da Canaris – 19.01.2018 – 

Criado na Itália e aperfeiçoado no Brasil, sistema de pressurização de infraestrutura metálica protege a planta das operadoras e garante monitoramento em tempo real, inclusive com software próprio  

 

Apesar do avanço da fibra óptica, praticamente metade dos 28,5 milhões de acesso em banda larga que o Brasil tinha em novembro do ano passado usavam as tradicionais redes metálicas das operadoras de telecomunicações. Essa planta formada por pares trançados de cobre – daí o metálica do nome – inclui uma malha recente, mas na sua maior parte estamos falando de redes veteranas, algumas com cinco décadas de operação. A idade, no entanto, não tira delas a possiblidade de funcionarem bem e de serem monitoradas em tempo real. Como? Por um sistema de pressurização, desenvolvido na Itália e aperfeiçoado no Brasil pela Redex Telecom, empresa pioneira no gênero, inclusive pela criação de um software próprio para o acompanhamento remoto das redes metálicas.

“A rede metálica subterrânea das operadoras precisa de uma manutenção intermitente, principalmente pelo fornecimento de banda larga”, afirma Romeu D’Albuquerque Melo Júnior, especialista da Redex no segmento. De acordo com ele, o monitoramento diminui o tempo de reparo, traz economia no custo da mão de obra e evita maiores problemas no tráfego de voz e dados aos clientes. Mesmo com o avanço das redes ópticas (eram 10% dos acessos de banda larga em novembro do ano passado), a planta metálica ainda continua ativa.

A pressurização das redes de cobre foi criada como forma de proteção, evitando a entrada de umidade na fiação, o que prejudica as propriedades elétricas dos cabos. Hoje, além da proteção, ela funciona como um “espião” em tempo real da malha. Ao colocar sensores ao longo da rede, a operadora sabe – pela diferença de pressão – se houve algum rompimento no cabo. Para que a pressurização funciona, os cabos são isolados e recebem um ar seco, com pressão acima da pressão atmosférica comum por meio de um sistema formado, entre outros, por compressores.  

Com a instalação dos sensores, outro componente do sistema, a rede também passa a ser acompanhada, em tempo real. Ou seja, cria-se um ambiente para internet das coisas (IoT). É interessante lembrar que todos os sensores enviam dados para uma central, alimentando o sistema de monitoramento. Esse volume de informação, por sua vez, é gerenciado pelo Redex Web, o software próprio para a tecnologia de pressurização de redes metálicas de cobre.

“Com ele, pode-se visualizar remotamente toda a rede”, finaliza Melo Júnior. Em função de seu histórico (foi a primeira a aplicar a tecnologia ainda em 1995 na Bahia), a Redex criou um ecossistema de suporte, formado por laboratório de atendimento ao cliente, responsável por reparos nos equipamentos que fazem parte do sistema, por uma equipe para atualizações e suporte ao software e por outro time que dá suporte e manutenção às máquinas de pressurização.