Nova tecnologia turbina capacidade de fibra em redes metropolitanas

Da Redação – 21.03.2018 – Criado pela Infinera, mecanismo foi desenvolvido a partir de recurso já aplicado em infraestrutura de fibra óptica submarina O aumento do tráfego de dados e o uso da computação em nuvem são fatos. Estamos falando de uma taxa de crescimento anual composta de 42% até 2022, no primeiro caso, e […]

Por Redação

em 21 de Março de 2018

Da Redação – 21.03.2018 –

Criado pela Infinera, mecanismo foi desenvolvido a partir de recurso já aplicado em infraestrutura de fibra óptica submarina

O aumento do tráfego de dados e o uso da computação em nuvem são fatos. Estamos falando de uma taxa de crescimento anual composta de 42% até 2022, no primeiro caso, e de 19% até 2020 para a computação em nuvem. Quem prevê o incremento é a Ericsson (para dados) e o Gartner (nuvem). Por trás desse dilúvio ou, aliás, suportando o processo, é necessária uma infraestrutura óptica que dê conta do volume. A Infinera avalia que acompanha isso com o ICE5, que ela diz ser o “primeiro mecanismo óptico de 2.4Tb/s da indústria”.

De acordo com a fabricante, o ICE5 vai atender demandas de interconexão de data centers e das redes que interligam as estações rádio base (ERBs) das operadoras móveis, entre outros projetos. Como já dissemos aqui no InfraROI, os especialistas preveem uma descentralização dos dados – via a criação de data center menores nas pontas – e mais backhauls ópticos, ou seja, a infraestrutura que interliga as ERBs citadas acima. Os dados continuam sendo móveis, mas sejamos sinceros, a infraestrutura física cresce muito e quem manda no jogo é a fibra óptica.

Bom, tecnicamente, a Infinera explica por que o ICE5 faz essa ponte. O primeiro fato a respeito dele é que o mecanismo óptico derivou do ICE4, tecnologia que a empresa adota para cabos ópticos submarinos. “O ICE5 integra o circuito integrado fotônico de quinta geração da Infinera com um processador de sinal digital FlexCoherent (DSP) e controle de software otimizado para fornecer de 100 a 600 gigabits por segundo por comprimento de onda”, diz a empresa. Bravo.

Tentando concretizar: o ICE5 desbloquearia a capacidade, o alcance, o espectro e a eficiência energética e a maneira de visualizar isso seria pensar neles aplicados a uma rede de fibra óptica real. Pense num data center alimentado por cabo óptico tradicional. Agora imagine uma fibra dentro desse cabo e que está ligada diretamente a um rack de um dos vários servidores. Comparativamente às redes tradicionais, o mecanismo consegue aumentar a capacidade dessa fibra em 65% e reduz o consumo de energia do rack em 60%.

Na prática, o ICE5 facilitaria a vida dos fornecedores de conteúdo para internet e das operadoras, que vão precisar investir cada vez mais em arquitetura de acesso distribuído (DAA) e backhaul para as redes 5G. De acordo com a companhia, o planejamento para o ICE5 também estaria alinhado com a projeção de crescimento da tecnologia de DWDM no acesso metropolitano para os próximos cinco anos. O que puxa isso? Já falamos aqui: mais backhauls, deep fibers, etc.