Por Cleverson Novo (*)- 11.06.2018 –
As corporações que não embarcarem poderão perder mercado para concorrentes melhor preparados.
Foi há poucos anos que as empresas abandonaram o simples Data Warehouse para investirem em grandes estruturas de Big Data. Queira ou não, a tecnologia digital foi um combustível fundamental e importante para essa transformação. Antes o foco era em pequenos dados estatísticos dos resultados de vendas e dos produtos; hoje passaram-se a grandes análises e cruzamentos de informações internas e externas para entender cada vez mais o comportamento dos clientes frente ao seu perfil de consumo.
Note que o foco da visão da informação mudou: o cliente passou a ter prioridade total para as empresas e o entendimento do seu comportamento passou a ser a chave principal do caminho evolutivo para desenvolver novos produtos e soluções. Assim, o uso da Inteligência Artificial tornou-se primordial no próximo passo de evolução tecnológica. Empresas pioneiras, como a Google com o Assistant/Home e a Amazon com o Alexia, saíram na frente nesta corrida pelo comportamento das pessoas. As demais empresas, umas mais avançadas e outras ainda engatinhando, trilham o mesmo caminho para que se mantenham vivas no mercado.
Segundo Stephen Hawking, nossas vidas serão transformadas pela IA, podendo ser o maior feito na história da civilização humana. Muitos falam que até 2040 cada ser humano será o centro de um mundo assistido pela inteligência artificial. Mas como desenvolver essas disciplinas? A evolução da linguagem neural na conversão de dados em texto permite autonomia dos computadores no desenvolvimento de ações racionais para geração da informação, atualmente sendo usada por empresas para geração de relatórios inteligentes.
A evolução do Speech Recognition, que permite cada vez mais a interação homem máquina nos sistemas de reconhecimento de voz, está ficando cada vez mais intuitiva. Os diversos tipos de agentes virtuais ou robôs de automação já podem ser associados com as ações de Machine Learning ou Deep Learning, onde a máquina, com base na informação, tem uma evolução de aprendizado próxima do cérebro humano.
IA no controle
Instâncias de infraestrutura poderão aparecer e desaparecer por meio de requisições feitas pelas próprias máquinas. Por exemplo, o gerenciamento de decisões, onde a máquina tomará ações com base em suas informações, assumindo assim ações de risco ou de negócios que eram feitos por pessoas, e, também, a Biometria que permitirá a interação da máquina nos aspectos físicos da estrutura e forma do corpo e do comportamento humano.
Esses são alguns pequenos exemplos que, bem trabalhados, irão permitir uma IA mais inteligente a ponto de proporcionar um mundo diferente nesses próximos anos, onde teremos assistentes digitais controlando conteúdo da sua geladeira, temperatura de ambiente, guias de TV baseados no seu sentimento, veículos autônomos e, quem sabe, seu porteiro poderá ser um androide.
Empresas de tecnologia vêm trabalhando fortemente no domínio da informação, promovendo aos seus clientes a transformação digital necessária para que possam entrar na era da IA. Entendo que trata-se de um caminho sem volta, no qual as corporações que não embarcarem poderão perder mercado para concorrentes mais preparados nessas novas ondas tecnológicas.
* Cleverson Novo é CSO da Triad Systems.