Da Redação – 17.10.2018 –
A Ericsson está propondo levar a internet das coisas ao campo, unificando as informações disponíveis por várias verticais de negócios em uma única plataforma. Em suma, a tecnologia IoT Acelerator é capaz de conjugar soluções de telemetria disponibilizadas em diferentes dashboards e as fornecer unificadas para melhores tomadas de decisão. Como parte da estratégia, a empresa se compromete a levar infraestrutura de telecomunicações aos locais distantes dos grandes centros.
Na visão da Ericsson, o baixo volume de usuários de telefonia celular no interior do país desestimulava as operadoras de telecomunicações a investir em infraestrutura de rede. Hoje, com as aplicações de internet das coisas, com sensores que também precisam de rede para se conectar, essa postura começa a mudar e isso explica como a Ericsson se compromete no convencimento das operadoras para implantar infraestrutura que atenda operações off road como agricultura, construção pesada e mineração.
Aplicação no Japão reforça viabilidade da tecnologia
Em exemplo de demonstração da Ericsson durante a Futurecom, a união de dados de uma estação meteorológica com agricultura de precisão é uma aplicação possível. As informações captadas de diversos sensores e satélites e dispostas num dashboard de gerenciamento são confrontadas com o sistema de agricultura de precisão de uma grande lavoura. Assim, conforme algum evento previsto meteorologicamente – como uma tempestade – o gestor da fazenda pode tomar decisões que minimizem as perdas nas lavouras.
O mesmo vale para a combinação de dados de equipamentos e caminhões com fornecimento de insumos, como fertilizantes. O conceito é o mesmo para a gestão de indústria 4.0, onde a Ericsson inclui mineração. Nesse universo há um teste em andamento com a Vale, conectando parte dos quase 900 km da ferrovia Carajás, no Norte do pais.
No Japão, a Ericsson tem um caso de sucesso no agronegócio com a E-Kakashi. Lá, foi implatado o IoT Acelerator, que usa como estrutura uma rede 5G/NB-IoT, também de tecnologia da Ericsson. Os dados da operação, com pouco mais de um ano, se resumem em 13% de eficiência na utilização de insumos, incluindo fertilizantes, e 17% de eficiência na lavoura.