Mecânico, cuidado: um nerd vai tomar o seu emprego.

Redação (com informações do Equipment World) – 17.01.2019 –

Técnicos de antigamente começaram a trocar filtros e fluídos. Depois passaram a fazer pequenos reparos e foram avançando até a realização de retífica de motores e transmissões. Seguiram para análises preventivas e preditivas que antecipam falhas de acordo com dados vitais dos equipamentos pesados. Avançado, não? Não! O advento da internet das coisas, com a telemática revolucionando o despacho e operações de caminhões e máquinas, incorporando cada vez mais chips capazes de diagnosticar falhas em tempo real, está criando uma demanda de técnicos diferentes e muito mais avançados.

Uma reportagem de Tom Jackson para o Equipment World traz essa indagação, que “está dando pano para a manga” na Associação de Profissionais de Gerenciamento de Equipamentos (AEMP) nos Estados Unidos. A questão central é quem serão os técnicos de equipamentos pesados ​​do futuro e de que habilidades eles precisarão para ter sucesso?

Grande parte da discussão gira em torno de quem será o responsável pelas tecnologias de TI e Telecom incorporadas nos equipamentos. “Quem irá avaliá-las, comprá-las, treinar novos usuários, mantê-las ativas ou eliminá-las? Será que vai ser o gerente de equipamentos da velha guarda ou será que os gerentes de TI assumirão o posto?”, questiona a reportagem.

De acordo com a AEMP, muitas das tecnologias atuais estão nas mãos de profissionais de operação com pouca ou nenhuma habilidade de manutenção. Exceções seriam os softwares de marcas de equipamentos.

Por outro lado, o avanço da robótica com equipamentos autônomos e semi-autônomos é uma evidência, principalmente pelas questões de segurança, e isso demanda profissionais mais gabaritados.

A AEMP relaciona que há centenas de mortes por trincheiras e espaços confinados anualmente nas construções. As tragédias, avalia a entidade, estimulam cada vez mais a criação de robôs de construção para atuar em locais de risco. Com isso, a indústria precisa de novos tipos de equipamentos de manutenção para diagnosticar e reparar robôs. Quem sabe não sejam outros robôs a fazerem o serviço, mostrando que, de fato, é uma demanda que vai muito além da velha mentalidade de troca de filtros e fluídos. Nesse caminho, parece que os “nerds” de TI estão muito mais próximos da nova gestão de equipamentos do que os técnicos, que precisam de fato reinventar-se.

Veja a reportagem completa do Equipment World neste link.