Redação – 18.04.2019 –
Avaliação é da consultoria Mckinsey, que acaba de lançar o relatório sobre o segmento
A indústria de ouro pode voltar a sua era dourada? Esse é literalmente o título do mais recente relatório da McKinsey sobre o metal. Para a consultoria, as mineradoras vão precisar combinar abordagens diferenciadas para enfrentar o esgotamento das reservas. Sim, existe muito ouro debaixo da terra, mas nem sempre o custo de extração compensa o valor de mercado. As fusões e aquisições estão fora do escopo, segundo a empresa. “Após um período de prejuízos, baixas contábeis e destruição de valor após o frenesi de M&A do último boom do preço do ouro, é improvável que os acionistas em busca de melhores retornos e maior responsabilidade gerencial apoiem programas de M&A significativos”, avalia o documento.
O cenário das duas últimas décadas mostra uma montanha russa, com preços subindo de US$ 255 a onça, em 2001, para US $ 1.906 uma década depois, antes de cair para US$ 1.056 em dezembro de 2015. De acordo com a Mckinsey, a inversão de preços levou a uma dívida pesada para as empresas que haviam se engajado em programas agressivos de fusões e aquisições (M&A citadas acima) para iniciar programas drásticos de custo, resultando em redução de 20% dos custos de manutenção entre 2012 e 2017 e prejuízos significativos de US$ 129 bilhões desde 2011.
E onde entra a tecnologia? Segundo o relatório, as transformações habilitadas por tecnologia continuarão a ser prioridade na agenda das equipes de gerenciamento, à medida que a próxima onda de produtividade for impulsionada pelos negócios. “Para aproveitar as futuras oportunidades de custo e produtividade, as empresas de ouro precisarão adotar a inovação em automação de aprendizado de máquina, tecnologia móvel digital, a Internet das Coisas Industrial (IoT) e blockchain”, detalha a consultoria.
E mais: o impacto provavelmente será visto em toda a cadeia de valor através, mas não limitado à modelagem geológica estocástica, caminhões e perfuratrizes autônomos, otimização da logística e programação de mina, estratégias de manutenção preditiva e otimização de rendimento nas plantas de processamento.
