Redação – 02.05.2019 –
A avaliação faz parte das conclusões da primeira edição do Ciclo de Debates para a Transição Energética
“A base da nossa matriz energética é a meta que muitos países sonham em alcançar em anos. O grande desafio nesse momento é encontrar modelos de negócios, de financiabilidade e de regulação para a transição energética”, avaliou Luiz Augusto Barroso, presidente da consultoria PSR, no evento Ciclo de Debates para a Transição Energética. A primeira edição do encontro aconteceu na semana passada no Rio de Janeiro. Para ele, o movimento de transição energética acontecerá de forma lenta, ao longo de muitos anos.
Promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), em parceria com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o encontro destacou outros pontos da transição, inclusive o maior uso do gás natural. “Temos uma oportunidade, porém, de aproveitar o gás associado a ser produzido nos próximos cinco anos, por exemplo, para a reindustrialização do Brasil”, explicou José Firmo, presidente do IBP. Segundo ele, o país ainda não encontrou um modelo eficaz para que o gás também seja usado como combustível.
“Da mesma forma que o Brasil decidiu estrategicamente abrir o mercado de exploração e produção, que trouxe resultados significativos, precisamos, enquanto país, debater a inserção do gás natural na matriz energética”, avaliou Firmo.
A opinião do especialista é corroborada pelos dados da EPE: a produção de petróleo brasileira dobrará nos próximos anos, alcançando 5 milhões de barris diários em 2030. A expectativa é que o Brasil exporte cerca de 3 milhões de barris diários de petróleo no fim da década. A produção de etanol, por outro lado, deve crescer, atingindo 49 bilhões de litros por ano em 2030, ante os atuais 34 bilhões de litros. Assim como a produção de biodiesel aumentará, passando de 5,4 bilhões de litros para 11 bilhões de litros”, explicou Coelho.