Energia solar deve crescer 1.000 MW em 2019

Redação – 27.05.2019 – De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) esse setor deve ganhar 1.000 MW em novas instalações de pequeno, médio e grande porte em 2019. Com isso, a matriz desse tipo de energia ultrapassaria os 3.000 MW instalados, gerando investimentos de mais de R$ 5,2 bilhões. Em artigo […]

Por Redação

em 27 de Maio de 2019

Redação – 27.05.2019 –

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) esse setor deve ganhar 1.000 MW em novas instalações de pequeno, médio e grande porte em 2019. Com isso, a matriz desse tipo de energia ultrapassaria os 3.000 MW instalados, gerando investimentos de mais de R$ 5,2 bilhões.

Em artigo assinado por Marcel Haratz, diretor da Comerc Esco; Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absolar; e Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, a defesa é que, apesar dos bons prognósticos, ainda há um longo caminho a ser percorrido para a energia solar no Brasil. Atualmente, defendem, o crescimento dessa tecnologia está fortemente dependente de projetos desenvolvidos no Ambiente de Contratação Regulada (ACR), ou seja, no chamado “mercado cativo”, composto por leilões de energia elétrica organizados pelo Governo Federal. É o caso dos A-4 e A-6, que devem ocorrer em 2019. Projetos de geração distribuída, atendendo os consumidores cativos na baixa e média tensão, também compõe parte da matriz.

“No entanto, há um outro universo ainda pouco explorado e de grande potencial de expansão para a fonte: o Ambiente de Contratação Livre (ACL), ou seja, o chamado mercado livre de energia”, dizem os especialistas. Segundo eles, a fonte solar fotovoltaica oferece preços cada vez mais competitivos e já inferiores aos de outras fontes renováveis, como PCHs e biomassa.

Adicionalmente, eles avaliam as transformações em andamento no setor elétrico contribuirão de maneira positiva para um cenário promissor da fonte solar fotovoltaica. A primeira delas é a nova configuração dos patamares de carga do setor, que entrou em vigor neste ano, trazendo uma importante valorização do preço da fonte, dado o seu pico de geração nos momentos de patamar de carga pesada, que passará de 3 para 12 horas de vigência, do meio da manhã até o início da noite. “Além disso, há a previsão de entrada em vigor do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) horário, que será um avanço regulatório para o setor no Brasil. Atualmente, o país adota a formação do PLD semanal. Com a inovação, espera-se sinalizar ao mercado um preço de energia mais próximo da realidade operativa”, explicam.

Nesse cenário, a fonte solar fotovoltaica teria nova valorização, pois as simulações atuais de preços horários apontam que a fonte oferta a maior parte de sua geração em horários nos quais a energia elétrica é mais demandada e, consequentemente, mais valiosa e com preço mais elevado. “Dessa forma, além de ajudar o sistema, a fonte proporcionará uma maior economia aos consumidores e rentabilidade aos investidores, quando comparada com fontes que têm a maior parte de sua geração nos horários da noite e madrugada. Ainda, representará um alívio a todo o sistema elétrico em horários de alta demanda diurna, como nos meses quentes de verão, e reduzirá a necessidade de despacho de termelétricas emergenciais, caras e poluentes, para suprir a demanda dos consumidores”, concluem.