Redação – 26.08.2019 –
Unidade móvel de conectividade (UMC), instalada em contêiner, reduziu de 3 dias para 2 horas o tempo de ativação da infraestrutura
A pergunta óbvia: por que uma empresa que explora poços terrestres de gás precisaria de um acesso de internet de alta conectividade em campo, lá no Maranhão? Resposta: a operação envolve serviços especializados de geologia (coleta e análise de dados sísmicos no subsolo para entender as oportunidades de gás) e de engenharia para funcionar, o que demanda uma infraestrutura robusta e resiliente de TI. “A conectividade via satélite faz parte deste conjunto de requisitos para a comunicação entre os poços de exploração, o centro de operação no Rio de Janeiro e os familiares de toda equipe”, resume Daniel Vaz, Head de TI da Eneva.
De acordo com ele, com o trabalho remoto, todos ficam praticamente isolados nestas regiões e a infraestrutura de conectividade anterior não ajudava. “A operação enfrentava muitas dificuldades durante a instalação e movimentação das sondas, desde a estrutura física, link de Internet insuficiente, localização de difícil acesso, entre outros desafios”, informa o executivo. Vaz destaca que um dos maiores problemas era o deslocamento da sonda de perfuração para várias regiões da bacia de Parnaíba, no estado nordestino.
Unidade móvel de conectividade fica instalada em contêiner próprio
“Existiam alguns problemas no processo de DTM (Desmontagem, Transporte e Montagem) da sonda, que impactavam no bom andamento da operação, tais como: links de comunicação insuficientes, instáveis e de alto custo, equipamentos eram desmontados e acomodados em locais inapropriados para serem montados novamente nos novos locais de operação, cabeamentos eram refeitos em todas as DTMs”, detalha. “Tudo causava insatisfação dos usuários, equipe de TI sobrecarregada e tempo de montagem muito elevado”.
Além da maior velocidade e estabilidade, a rede física inovou com a unidade móvel de conectividade (UMC), instalada em contêiner próprio. Com isso, os equipamentos de telecomunicações não precisam ser desmontados do rack para serem transportados e montados novamente na nova localidade. A fixação e alinhamento da antena com o satélite ficaram mais rápidos e simples, na avaliação de Vaz. A UMC é energizada por gerador e conta com a contingência dos painéis solares para manter as baterias carregadas. “Estamos tratando este projeto como sendo a versão 1.0. Novas melhorias já estão sendo projetadas a partir do aprendizado com esta experiência para a criação da segunda unidade já encomenda”, finaliza.