Construtoras não estão usando recursos de telemática

Rodrigo Conceição Santos – 04.12.2019 – A maioria das construtoras norte-americanas, apesar de terem equipamentos top de linha com vários tipos de recursos, estão ficando no básico: localização de veículos e equipamentos, controle de velocidade e monitoramento de horas de serviço. É o que indica a recente pesquisa da Teletrac Navman, empresa especializada no assunto. O […]

Por Redação

em 4 de Dezembro de 2019

Rodrigo Conceição Santos – 04.12.2019 –

A maioria das construtoras norte-americanas, apesar de terem equipamentos top de linha com vários tipos de recursos, estão ficando no básico: localização de veículos e equipamentos, controle de velocidade e monitoramento de horas de serviço. É o que indica a recente pesquisa da Teletrac Navman, empresa especializada no assunto. O que podemos aprender com isso? Muito, considerando que os Estados Unidos são um exemplo de boas práticas no mercado de construção do Brasil, principalmente quando falamos de equipamentos da linha amarela.

O levantamento da Teletrac Navman apontou que 90% das construtoras pesquisadas têm recursos de telemática, porém usam realmente os três listados acima entre um grupo de 12 itens analisados. Pelo menos uma em cada quatro delas ativa os recursos de localização de veículos e equipamentos, a tecnologia mais adotada. Controlar a velocidade é adotada por 55% dos entrevistados, enquanto as horas de serviço são acompanhadas por 51% das empresas ouvidas. Fora do trio, o uso da tecnologia arrefece.

Exemplos? Apenas 22% monitoram as horas do motor e somente 28% usam a telemática para gerenciar a manutenção. Não é um equívoco? Acreditamos que sim, visto a experiência de como a análise de dados pode ajudar tremendamente na redução de custos e na melhoria da operação em campo. O setor de mineração que o diga, pois é usuário intensivo de informação de suas frotas para aperfeiçoar a operação. Mais preocupante ainda é o uso da telemática em termos de negócios: apenas 38% usam a telemática para aumentar os lucros e 37% a usam para reduzir os custos operacionais.

Vamos ver isso na prática: um dos maiores retornos da telemática é a capacidade de monitorar o uso de combustível, mas apenas 21% dos entrevistados dizem que fizeram isso. Por outro lado, quem está fazendo a lição de casa sai na frente: os entrevistados que monitoraram o uso de combustível relataram uma redução média no consumo de 13%.

De acordo com a Teletrac Navman, os gerentes podem simplesmente desconhecer a profundidade das informações que extrairiam de seus sistemas telemáticos. A avaliação da empresa indica que os clientes mais bem-sucedidos são os que usam o maior número possível de recursos, o que é uma conclusão bastante óbvia. Óbvia para o especialista em telemática, mas não para os empreiteiros americanos. E, nós, como podemos aproveitar os resultados dos Estados Unidos?

A resposta é, sem dúvida, usar melhor os recursos que os equipamentos disponibilizam. E ir além deles, ou seja, treinar os profissionais para transformar os dados em informação. No universo de Big Data que vivemos, a quantidade de dados que pode ser mais uma dor de cabeça, se não forem devidamente gerenciados.