Termelétrica em Manaus afetou qualidade do ar da capital amazonense

Redação – 05.12.2019 – Cidade foi analisada em estudo sobre como modelo de desenvolvimento urbano influi no ar que respiramos Um estudo conjunto da mostrou a influencia do desenvolvimento urbano no ar de duas capitais brasileiras, Manaus e Curitiba. A comprovação da influência foi medida pela concentração de metais dissolvido em fluído pulmonar artificial, simulando […]

Por Redação

em 5 de Dezembro de 2019

Redação – 05.12.2019 –

Cidade foi analisada em estudo sobre como modelo de desenvolvimento urbano influi no ar que respiramos

Um estudo conjunto da mostrou a influencia do desenvolvimento urbano no ar de duas capitais brasileiras, Manaus e Curitiba. A comprovação da influência foi medida pela concentração de metais dissolvido em fluído pulmonar artificial, simulando uma situação real. Segundo os pesquisadores, elementos como cobre, cromo e chumbo tiveram solubilidade muito diferentes nas duas cidades.

A diferença acontece em função das diferentes fontes que emitem cada um dos metais. Em Manaus, por exemplo, à época da amostragem, havia um predomínio de termelétricas próximas produzindo eletricidade. Na prática, a capital amazonense indicou a presença de cromo e chumbo com maior solubilidade nas amostras estudadas. Já em Curitiba, a cidade basicamente é alimentada por hidroeletricidade e o estudo apresentou alta solubilidade de cobre, fruto do distinto modelo urbano de desenvolvimento e industrialização.

O estudo foi publicado recentemente no periódico Scientific Reports, pertencente ao grupo Nature. Para chegar à revelação, os pesquisadores realizaram uma análise da bioacessibilidade dos elementos químicos que usualmente são associados ao risco de câncer, entre outras doenças (cobre, cromo, chumbo e manganês).

De acordo com o professor Theotonio Pauliquevis, que participou do estudo, “sem governança, fiscalização e pesadas multas não há como controlar a poluição. É verdade que houve progresso ao se estabelecer níveis de poluentes específicos nas normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente. Entretanto, a legislação tem que ser sempre atualizada, os emissores de poluentes fiscalizados e as multas aplicadas. Afinal, sem monitoramento, as emissões podem ser altíssimas”, alerta o pesquisador.