Compartilhamento de corridas urbanas é a nova realidade da mobilidade, aponta estudo

Redação – 09.01.2020 – Pesquisa do Boston Consulting Group (BCG) traça um diagnóstico do uso de carros privados O estudo, recém-lançado pelo BCG, mostra que 55% dos brasileiros das classes A, B e C usam o compartilhamento de viagens pelo menos uma vez na semana. O mesmo grupo indica que o compartilhamento é tão popular […]

Por Redação

em 9 de Janeiro de 2020

Redação – 09.01.2020 –

Pesquisa do Boston Consulting Group (BCG) traça um diagnóstico do uso de carros privados

O estudo, recém-lançado pelo BCG, mostra que 55% dos brasileiros das classes A, B e C usam o compartilhamento de viagens pelo menos uma vez na semana. O mesmo grupo indica que o compartilhamento é tão popular como o uso do próprio veículo, apontado por 58%. O empate é técnico quase técnico.

“O compartilhamento de carros no Brasil vem transformando o modelo de ‘posse’ de veículos. Com o aumento da popularidade dessa modalidade de transporte, a população passa a perceber cada vez mais o carro como um serviço, em vez de um bem”, explica Regis Nieto, sócio do BCG e um dos autores do estudo.

De acordo com o levantamento, 10% desses brasileiros não almejam adquirir um automóvel e 31% dos que não possuem uma carteira de motorista sequer consideram tirar uma. O estudo retrata ainda o perfil dos usuários, onde os aplicativos de caronas e de serviços de transporte privado têm maior penetração: mulheres e habitantes de grandes cidades.

Os atributos mais destacados para a escolha dessa modalidade são, respectivamente: a facilidade para uso e pagamento, possibilidade de beber e não precisar dirigir, despreocupação com estacionamento, divisão dos custos com corridas e autonomia.

Os especialistas do BCG também avaliaram os custos médios de diferentes meios de transporte. Eles concluíram que, para quem roda até 5 mil quilômetros por ano em carros básicos ou 6 mil quilômetros em veículos com opcionais e câmbio automático – o que corresponde a 20% dos entrevistados -, é mais econômico se locomover por meio de transportes privados compartilhados que manter um veículo próprio.

Para a produção da pesquisa, o BCG realizou, nos últimos meses de 2018, entrevistas com mais de 1.500 brasileiros das classes A, B e C, incluindo uma representatividade mínima de diferentes faixas etárias, estados e sexo, criando uma amostra que buscou representar fidedignamente essa camada da população brasileira.