Da Canaris – 29.01.2020 –
A fabricante SITI reformou mais do que produziu novas unidades nos últimos anos. A empresa credita o sucesso das reformas à qualidade do processo fabril em sua planta de Mogi Guaçu (SP).
Nos últimos anos, devido à crise financeira do país, diversas concreteiras optaram por reformar os balões betoneiras ao invés de comprar novos, otimizando os recursos reduzidos para investimentos. A SITI, fabricante de betoneiras e de outros equipamentos para concreto, como silos e centrais dosadoras, entendeu a demanda e organizou a sua fábrica de 20 mil m2 construídos para atendê-la. O resultado é que a empresa reformou 50% mais balões do que fabricou novos em 2019. Isso considerando que no ano passado, tanto a SITI quanto o mercado como um todo mais do que triplicou as vendas de betoneiras novas, totalizando 568 unidades, segundo a Anfir.
Em 2018, a proporção das reformas foi ainda maior, chegando a representar 330% das vendas de betoneiras novas”, diz Roque Oliveira Júnior, diretor da SITI. Isso, segundo ele, se explica pelo menor investimento, já que para a reforma de um balão betoneira é necessário investir aproximadamente 50% do valor de uma nova. “Com a baixa demanda do mercado de concreto nos últimos anos, esse investimento era mais prudente. Desde que, obviamente, a reforma fosse feita com qualidade e desse a devida durabilidade aos equipamentos”, salienta ele.
O quesito qualidade foi justamente a aposta da SITI para avançar nesse mercado. E ela a assegurou em várias etapas, começando pela requisição do serviço, quando os especialistas da empresa aplicam um check list em todas as peças da betoneira. Esses dados consolidados geram um documento (escopo), contendo as informações necessárias para que os engenheiros avaliem os componentes que devem ou não serem trocados e/ou reparados. “Somente depois disso é que o balão é desmontado para uso das partes que serão reaproveitadas”, explica Eduardo Talamoni, coordenador industrial da SITI.
As partes são descartadas ou reaproveitadas dependendo do estado geral do equipamento. Geralmente, explica o especialista, são reaproveitados o fundo e o cone, onde encontra-se a pista do balão e o chassi, desde que estejam validados pelos departamentos de engenharia e qualidade.
Durante o processo da reforma, o fundo, a pista e outras partes que porventura sejam reaproveitadas, são retiradas do balão e seguem para a linha fabril. O que não é reaproveitado, é vendido para as empresas de sucata, configurando um ciclo ambientalmente responsável com as ações de reciclagem.
As partes reaproveitadas, por sua vez, são soldadas ao novo balão e chassi. No caso do balão, após o processo de soldagem ele segue para a área de usinagem, onde a pista e os rolos de apoio passam pelo processo integralmente, garantindo perfeito paralelismo à nova estrutura.
As facas do balão betoneira reformado também são totalmente substituídas no processo da SITI. “Os nossos equipamentos, sejam eles reformados ou novos, levam facas com chapas de 1/4”, que são mais resistentes que as chapas de 3/16”, explica Talamoni.
Pintura Especial
A reforma de qualidade termina na pintura. Atualmente, a SITI é a única fabricante brasileira a oferecer o processo completo, sem custos adicionais, em sua venda de betoneiras. Antes mesmo da montagem dos módulos do balão, as partes recebem jateamento (padrão SA 2.1/2). Depois é feita a aplicação do primer (fundo). A betoneira segue então para a montagem e, em seguida, é realizada a pintura final, dando as características de cada cliente, como cor e logotipagem. “Por fim, é aplicada a camada de verniz, que amplia a durabilidade da pintura”, conclui Talamoni.