Separar infraestrutura de serviços pode ser eficiente em telecom, aponta consultoria

Redação – 29.01.2020 – Avaliação é da consultoria McKinsey, que cita o exemplo da República Checa A ideia não é nova, mas começa a ganhar mais corpo: a divisão das operadoras de telecomunicações em dois negócios independente. Um deles seria focado na operação da rede e o outro somente voltado para o cliente. Algo como […]

Por Redação

em 29 de Janeiro de 2020

Redação – 29.01.2020 –

Avaliação é da consultoria McKinsey, que cita o exemplo da República Checa

A ideia não é nova, mas começa a ganhar mais corpo: a divisão das operadoras de telecomunicações em dois negócios independente. Um deles seria focado na operação da rede e o outro somente voltado para o cliente. Algo como NetCo e ServCo, na nomenclatura da McKinsey. O assunto acaba de ser abordado no artigo Can Telcos create more value by breaking up?, que numa tradução livre seria algo como As operadoras podem criar mais valor dividindo-se? .

Escrito por especialistas da consultoria baseados em Tóquio, Londres, Madri, Paris e Singapura, o artigo defende que – às vezes – o todo é menor que a soma das partes. “A ideia é que as unidades resultantes tenham um desempenho melhor, tornado mais claro o foco da gestão e melhorando a alocação de capital, dada a natureza fundamentalmente diferente desses dois negócios”, explica a informação oficial da McKinsey.

Os consultores lembram que o conceito de separação no setor de telecomunicações existe há mais de duas décadas, mas na maior parte do tempo o processo tem sido uma decisão governamental e não uma iniciativa do mercado. Uma das razões é o aprofundamento das pressões financeiras e de mercado, pois o financiamento necessário à infraestrutura aumenta drasticamente diante da forte evolução do investimento em direção a 5G e do FTTH, ou seja, fibra óptica até a casa do usuário final.

O caso tcheco da separação e outros exemplos 

A separação pode assumir diferentes formas, da separação contábil (a mais simples e mais básica) à separação funcional (onde os negócios de atacado e varejo são configurados como unidades independentes) à separação legal. Nesse último caso, novas entidades legais são estabelecidas, mas a propriedade geral permanece a mesma. A mudança mais abrangente é uma separação estrutural completa, que implica a criação de duas entidades legais distintas.

Em 2014, a operadora 02 na República Tcheca mostrou que buscar a separação estrutural voluntariamente poderia gerar retornos superiores às partes interessadas, melhorando bastante a infraestrutura do país. Quatro anos depois, o TDC Group da Dinamarca foi adquirido por um consórcio de compradores liderado por Macquarie com um prêmio de 34% ao preço de mercado com uma iniciativa de separação estrutural como um dos principais pilares da criação de valor que justifica a aquisição.

A Telecom Italia2 em 2018 começou avaliar a possibilidade de configurar uma NetCo separada e, no mesmo ano, a Telstra3 apresentou planos para estabelecer uma unidade de negócios de infraestrutura separada. Enquanto isso, acionistas ou membros do conselho de pelo menos duas outras operadoras, British Telecom4 e Telefonica, 5 solicitaram que suas empresas considerassem o mesmo.

Para saber mais sobre o assunto, veja o artigo completo no site da McKinsey.