Hidrovia do Sul teve aumento de 35% no transporte de cargas no primeiro trimestre

Redação – 25.05.2020

Movimento foi na contramão de outras vias hídricas do interior do Brasil, que teriam apresentado uma redução de 19%

Um encontro virtual promovido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) no começo do mês mostrou que a gaúcha Hidrovia do Sul está na contramão de outras vias de transporte hídrico no país. Enquanto o movimento de carga teria sido reduzido em 19% no primeiro trimestre – média do país – a hidrovia do Rio Grande do Sul apresentou um incremento de 35%.

A informação é do superintendente de Desempenho, Desenvolvimento e Sustentabilidade da Antaq, José Renato Fialho. De acordo com ele, o desempenho se deu exclusivamente por conta de investimentos privados significativos.

Durante o encontro os especialistas do setor privado destacaram a necessidade de redução de custos com a simplificação da burocracia, dos sistemas e das exigências da administração pública federal para a navegação interior, quando comparada aos demais modais de transporte.

Foram citadas ainda a importância da construção de um modelo de contribuição dos usuários para manutenção da hidrovia com justiça tarifária e as principais ações adotadas pelo estado e pela Antaq para a melhoria da navegação fluvial e manutenção da infraestrutura hidroviária gaúcha.

Segundo vários participantes, a dragagem da Hidrovia do Sul é um dos grandes problemas para a maior utilização do modal e instalação de novos empreendimentos, sendo cobrada uma solução definitiva por meio de um programa de dragagem permanente.

A carga conteinerizada foi apontada como a operação com potencial de alavancar o transporte na hidrovia. Contudo, deve ter custos mais competitivos para fazer frente ao modal rodoviário, considerando as pequenas e médias distâncias envolvidas, o que é uma característica das hidrovias do estado.

O diretor da Antaq informou que o procedimento para o arrendamento simplificado de áreas portuárias está em fase avançada de análise na Agência, faltando pouco para ser encaminhada para avaliação do Ministério da Infraestrutura, e cobrou dos representantes da SUPRG a aplicação integral dos recursos auferidos pela cobrança de tarifas portuárias na manutenção e modernização dos portos gaúchos, inclusive na recomposição do quadro de servidores.