Redação (com informações do Equipment World) – 26.05.2020 –
Uma reportagem de Marcia Gruver Doyle, publicada na revista norte-americana Equipment World, mostra que deve demorar pelo menos 18 meses para os empreiteiros dos Estados Unidos verem a reconstrução completa do que seria 2020, antes do surto da pandemia de coronavírus. Mas há boas notícias, diz Anirban Basu, economista-chefe da Associated Builders and Contractors. “Será a menor recessão da história”, declara.
Segundo ela, no terceiro e quarto trimestres, haverá uma recuperação impressionante na atividade econômica. A sua avaliação se baseia nos períodos mais quentes do ano e no avanço dos tratamentos.
“O fundo caiu nas propostas de design, com exceção de três mercados específicos: assistência médica, transporte e água e esgoto”, diz Frank Stasiowski, fundador e CEO da empresa de consultoria PSMJ Resources, que pesquisa os líderes de projetos de arquitetura e engenharia. “No momento, estamos consumindo pedidos em atraso”, diz Stasiowski. “Muitos projetos foram implementados e precisam ser construídos com financiamento aprovado. Não vejo instituições de empréstimos que estão puxando fundos “. Isso, segundo ele, gerará um verão agitado, mas não o suficiente para a recuperação total do mercado antes de 2021.
Richard Branch, economista-chefe da Dodge Data & Analytics, vê uma queda de 13% nas obras residenciais e não residenciais em 2020. As construções devem aumentar em 2021, com as obras residências vendo um aumento de 3% e as não residenciais 5%. “Estamos observando o valor e o número de projetos entrando nos estágios iniciais do planejamento em nossa rede”, diz Branch.
Conforme divulgado em maio, o índice caiu 6% em abril, para 135,9, ante a leitura revisada de 144,5 em março. Como o índice é uma média móvel de três meses, a Dodge diz esperar uma leitura ainda pior quando os dados de maio forem divulgados em junho.”Embora algumas partes do país estejam começando a reabrir e algumas áreas que fizeram uma pausa na construção estejam reiniciando, será um longo caminho de volta à normalidade para a indústria da construção”, diz Branch.
“O medo de um ressurgimento do vírus levará a uma redução contínua da atividade econômica nos próximos meses, afetando os projetos de construção em todo o país. As recuperações econômicas e de construção permanecerão lentas até que uma vacina ou tratamento viável se torne disponível”, salienta.Basu está de olho nos fechamentos de negócios pós-pandemia. “Quantas empresas não conseguem surgir após a crise nos dirão quanto tempo vai levar para voltarmos perto de onde estávamos”, diz ele. Essas informações são capturadas de várias maneiras, incluindo taxas de vacância em escritórios, falências em larga escala e desemprego.