Novo contrato prevê R$ 6 bi de aportes na Malha Paulista de ferrovias

Redação – 28.05.2020 – A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Rumo assinaram um novo contrato da concessão ferroviária da Malha Paulista ontem. Trata-se da renovação antecipada de um contrato ativo que venceria em 2028 e foi renovado por mais 30 anos além disso. As negociações, segundo o Ministério da Infraestrutura, ocorreram durante […]

Por Redação

em 28 de Maio de 2020

Redação – 28.05.2020 –

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Rumo assinaram um novo contrato da concessão ferroviária da Malha Paulista ontem. Trata-se da renovação antecipada de um contrato ativo que venceria em 2028 e foi renovado por mais 30 anos além disso. As negociações, segundo o Ministério da Infraestrutura, ocorreram durante os últimos quatro anos e o acordo envolve uma série de contrapartidas para a injeção de recursos privados para ampliar a capacidade de transporte.

“A vantagem da renovação antecipada ficou demonstrada e atestada pelo TCU ao longo desses anos de tramitação do processo, o que revela que a infraestrutura tem sido encarada como uma questão de estado para destravar a logística de transportes do país”, disse o ministro Tarcísio Gomes de Freitas. “O ponto principal agora é que terá início um grande ciclo de investimentos privados em ferrovias, o que vai contribuir para equilibrar a matriz de transporte brasileira”, complementou.

Os investimentos a serem realizados pela concessionária somam mais de R$ 6 bilhões em obras, trilhos, vagões e locomotivas. Isso deve ocorrer já nos primeiros cinco anos de contrato.

A intenção é que a Malha Paulista aumente a capacidade de transporte, passando das 35 para 75 milhões de toneladas ao ano. É possível chegar ainda a 100 milhões de toneladas futuramente.

O Ministério da Infraestrutura prevê que a realização dos investimentos anunciados levará cerca de R$ 600 milhões aos cofres públicos, mediante a arrecadação de tributos, para os próximos seis anos.
O sistema ferroviário tem 1.989 quilômetros de extensão entre Santa Fé do Sul (em São Paulo e na divisa com o Mato Grosso do Sul) e o Porto de Santos. Por seus trilhos, são movimentadas cargas de milho, soja, açúcar, farelo de soja, álcool, derivados de petróleo e contêineres.

Em estudo da ANTT, é previsto que o projeto gere a média anual de 7 mil empregos durante os primeiros 10 anos da operação. Nos anos subsequentes, a previsão é de 3 mil postos anuais.