Limpeza urbana corre risco com inadimplência epidêmica, avalia entidade de classe

Redação – 29.05.2020 – Para Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre), a inadimplência das prefeituras é de 18 bilhões de reais A Covid-19 ampliou o problema da inadimplência das prefeituras com as empresas que fazem a coleta e a disposição de lixo. Hoje, a dívida chegaria a R$ 18 bilhões […]

Por Redação

em 29 de Maio de 2020

Redação – 29.05.2020 –

Para Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre), a inadimplência das prefeituras é de 18 bilhões de reais

A Covid-19 ampliou o problema da inadimplência das prefeituras com as empresas que fazem a coleta e a disposição de lixo. Hoje, a dívida chegaria a R$ 18 bilhões na avaliação da Abetre, que reúne as companhias do setor. “Gravíssima é a sinalização de várias prefeituras, que já informaram – como de fato está acontecendo – que não têm recursos para fazer face aos pagamentos da coleta, transporte, tratamento e destinação dos resíduos urbanos que a população gera”, adianta o presidente da associação, Luiz Gonzaga.

Segundo ele, o problema é ainda maior porque a atividade de coleta não pode parar. “Estamos falando de serviços essenciais e agora ainda mais decisivos para evitar que o novo coronavírus propague-se de modo mais acentuado. Lixo nas ruas é mais um fator de extremo risco”, completa Gonzaga. Ele destaca que as entidades representativas do setor têm procurado as autoridades, desde o início de março e transmitido, por vídeos e ofícios, a apreensão das companhias.

O segmento de acordo com ele, empregaria cerca de 348 mil trabalhadores que, além do mais, precisam de suporte ainda maior em função da pandemia. Sem eles, as cidades brasileiras podem enfrentar cenários impactantes como os de Nápoles, que ficou 30 dias sem coleta.