Rodrigo Conceição Santos – 03.06.2020 –
Índice de produtividade das máquinas monitoradas pela marca se manteve instável e vendas aumentaram no primeiro quadrimestre de 2020.
A JCB forneceu cinco mil equipamentos de construção a clientes brasileiros nos últimos anos. As máquinas estão conectadas ao sistema de monitoramento LiveLink, da fabricante, por onde os proprietários e gestores acessam dados operacionais, de manutenção e de meio ambiente para gerir a frota. A JCB também usa o sistema para gerir estoque de peças, projetar mercado e obter outros indicativos extraídos do computo de dados (big data). É também pela tecnologia que a fabricante avalia o nível de produtividade das máquinas monitoradas em campo. No primeiro quadrimestre de 2020 (janeiro-abril) essa análise trouxe a informação surpreendente de que não houve queda nos índices de produção. Sim, a pandemia, pelo menos entre os dois primeiros meses que afetou o Brasil (março e abril), não apresentou impacto suficiente para reduzir a utilização das máquinas da marca JCB utilizadas em lavouras, canteiros de obras e minerações.
“Mais do que isso, não houve queda no volume de vendas de equipamentos da marca nesse período. Pelo contrário: houve estabilidade”, diz Etelson Hauck. O conjunto dessas duas informações – utilização mantida e estabilidade nas vendas – baliza a projeção de que o mercado de equipamentos da linha amarela, pelo menos os da marca JCB, anda de vento em popa e deve crescer neste ano.
Em 2019, o setor vendeu cerca de 16,6 mil equipamentos da linha amarela de construção. Foi um crescimento de 31% sobre 2018 e consolidou a retomada do setor, segundo a associação que acompanha o setor, a Sobratema. Para este ano, a expectativa era de 10% de crescimento, quando o mercado ultrapassaria o volume anual de 18,2 mil unidades.
Na JCB a expectativa do mercado era maior, de incremento de 25% sobre o volume que a marca vendeu em 2019. “Agora, a projeção atual é igual ao ano passado. Mas ainda acreditamos que haverá crescimento e não queda”, diz Hauck.
Historicamente, ele conta, os tipos de equipamentos responsáveis por aumentar ou reduzir o volume total de vendas da linha amarela de construção são as retroescavadeiras, escavadeiras e pás-carregadeiras. Nessa ordem. “Neste quadrimestre, o aumento nas vendas também foi impulsionado por eles”, compara.
Diante dos impactos econômicos da pandemia, a avaliação é animadora e o especialista da JCB credita isso à continuidade das obras da construção civil e ao agronegócio. “Esse setor não parou e não deve parar”, conclui Hauck.