Ativação do 5G deve gerar R$ 5,5 tri para o país

Redação – 06.07.2020 – Valor foi estimado pela consultoria OMDIA e Nokia e indica potencial de geração de aumento de 1 ponto percentual no PIB do país em média por ano entre 2021 e 2035 A implantação da quinta geração de redes móveis de telecomunicações (5G) poderá render até 5,5 trilhões para o Brasil nos […]

Por Redação

em 6 de Julho de 2020

Redação – 06.07.2020 –

Valor foi estimado pela consultoria OMDIA e Nokia e indica potencial de geração de aumento de 1 ponto percentual no PIB do país em média por ano entre 2021 e 2035

A implantação da quinta geração de redes móveis de telecomunicações (5G) poderá render até 5,5 trilhões para o Brasil nos próximos 15 anos. A avaliação é da pesquisa feita pela consultoria OMDIA em parceria com a Nokia. O levantamento inédito aponta o impacto do 5G para diferentes setores empresariais e para a economia brasileira. Na prática, a adoção das novas redes deve gerar, em média, um aumento de 1 ponto percentual no PIB do país por ano, entre 2021 e 2035.

Segundo Ari Lopes, manager sênior da Americas OMDIA, o atual momento da pandemia mostrou claramente que as redes de telecomunicações têm um papel fundamental para manter a população conectada em todos os aspectos. “Desta forma, o 5G trará transformações em todas as funções e níveis de negócios, sendo essencial para o desenvolvimento do Brasil, impulsionando as inovações e impactando positivamente na vida das pessoas e da sociedade como um todo”, argumenta.

Na avaliação do especialista até 2024, ¾ da banda larga fixa e móvel será por vídeo, o que vai exigir muito das redes sem fio, inclusive velocidades de banda larga similares às encontradas em redes de fibra óptica. Só esse movimento já explica a demanda pelo 5G. Outro desdobramento são as redes B2B. “É um consenso na indústria de adentrar o mundo B2B e, neste cenário, ter novas redes privadas, o que vai demandar velocidades mais altas e latências menores”, afirma Lopes, que destaca a grande necessidade desse uso para a telemedicina e para o agrobusiness, por exemplo, que demandam fortemente novas soluções de conectividade.

Para as operadoras, o mundo ideal é continuar investindo no 4G e transmissão, considerando que o volume de dados vai crescer exponencialmente. Haverá ainda a necessidade de investimentos em redes para uso de modelos como o 5G stand alone, em edge computing, para realizar acessos de baixa latência e alta produtividade, além de desenhar uma estratégia de 5G para atender aos mercados de B2C e B2B.

O estudo da OMDIA indica que seis verticais serão as mais beneficiadas pela implementação do 5G no Brasil com aumentos de faturamento em 15 anos: os TICs tecnologia da informação e comunicações) (US$ 241 bilhões); governo (US$ 189 bilhões); manufatura (US$ 181 bilhões); serviços (US$ 152 bilhões); varejo (US$ 88 bilhões); e agricultura (US$ 76 bilhões).

A avaliação leva em conta que 240 milhões de latino-americanos vivem em regiões sem oferta de banda larga e que 100 milhões estão em área de cobertura, mas não contratam o serviço por falta de recursos financeiros. “São 60% dos domicílios sem banda larga fixa nessa região. E no Brasil, há 39% dos lares sem banda larga acima de 30 Mbits. E, neste universo, há um grande potencial de as operadoras poder incrementar a base de serviços com o 5G, com a oferta de banda larga fixa”, destacou Lopes.

Segundo Wilson Cardoso, Chief Solutions Officer Latin America da Nokia, o 5G é mais que o G, trata-se de um elemento-chave para o aumento da produtividade. “Com esse estudo, queremos abrir a porta da América Latina, começando pelo Brasil, para apresentar o real potencial desta tecnologia”. Com um trabalho de muitos anos com o 4G desenvolvido em colaboração com as operadoras, a Nokia se insere como uma das grandes protagonistas nesse ecossistema.