Redação – 06.07.2020 –
Iniciativa é uma das indicações do Banco Interamericano de Desenvolvimento e faz parte do relatório América Latina e Caribe Pós-COVID-19: Desafios e Oportunidades
O Brasil terá de retomar reformas para enfrentar questões estruturais segundo o BID e entre elas está o investimento em infraestrutura. A avaliação faz parte de um documento da instituição sobre o cenário pós pandemia. De acordo com a instituição, os auxílios emergenciais precisarão ser revistos e associados, por exemplo, a medidas que qualifiquem a mão-de- obra e o tecido produtivo para as novas configurações sociais e econômicas. Intitulado América Latina e Caribe Pós-COVID-19: Desafios e Oportunidades , o documento foi lançado na última quinta-feira (02/7).
O relatório, que avalia o contexto de cada um dos países do Cone Sul, destaca a importância dos benefícios destinados a populações mais vulneráveis e a pequenas e médias empresas no Brasil, mas alerta para a importância de que esses auxílios não sejam a base para a recuperação econômica. Para o BID, é “preciso investir em ações de maior fôlego e que garantam a sustentabilidade da retomada de empregos e produtividade, incluindo reformas econômicas que estavam em curso no país antes da pandemia, investimentos em infraestrutura e a capacitação dos trabalhadores.
“O Brasil, corretamente, pausou a agenda de reformas para direcionar esforços para a emergência sanitária. Mas será preciso, no médio prazo, voltar a encaminhar medidas que melhorem os processos tributários e facilitem a vida de empreendedores e cidadãos para que a retomada econômica se dê com a maior velocidade possível”, afirma Alexandre Meira da Rosa, Vice-Presidente de Países do BID.
Outro desafio não apenas para a economia brasileira, mas particularmente relevante para países em desenvolvimento, será a promoção de investimento privado, uma vez que a situação fiscal dos governos será mais frágil depois da crise. Nesse contexto, o documento também destaca a relevância de estabilizar a dívida pública no médio prazo, oferecendo um cenário favorável à atração de investimentos; corrigir problemas como o excesso de rigidez orçamentária para que os investimentos públicos ganhem em eficiência e agilidade e avançar rumo à digitalização de serviços públicos e privados e apoiar setores de inovação, entre outros.