Redação – 21.08.2020 –
Utilizado para desinfectar água, combater a incrustações em equipamentos industriais e processar couro, o clorito de sódio também tem sido insumo para o setor sucroalcooleiro. Desde 2019, a BioE, do Grupo Sabará, opera uma planta da substância na cidade de Santa Bárbara d’Oeste (SP), de onde a provê para a geração do dióxido de cloro (Diox) aplicado na produção e etanol.
O produto substitui total ou parcialmente o ácido sulfúrico nos processos de fermentação e promete reduzir perdas com o transbordamento da dorna de fermentação. Outra vantagem apontada pela fabricante é o aumento da solubilidade dos sais.
Segundo a BioE, a solução oferece 5% mais de rendimento ao etanol, graças ao favorecimento da ação exclusiva das leveduras pelo Diox. Isso ocorre a partir do quinto ciclo de fermentação e apresenta sete vezes menos custos com insumos por m³ de álcool produzido em comparação aos métodos convencionais. O Diox pode ser aplicado em dosagens menores e é fabricado in loco.
Em termos de sustentabilidade, a substância não gera residual e evita bioacumulação em rios e lençóis freáticos. “Por não estarem contaminadas por antibióticos, as leveduras excedentes podem ser comercializadas no Brasil ou mesmo em mercados externos”, informa a companhia.
A BioE complementa que a ação biocida do dióxido de cloro é mais rápida e por isso os micro-organismos não criam resistência ao produto, evitando também a criação de trihalometanos (THMs).