Redação – 02.09.2020 –
Um levantamento da investidora de startups para os setores imobiliário e de construção, Terracota Ventures, pontua que o mercado de construtechs e proptechs (voltadas à propriedades) cresceu 23% no Brasil no primeiro semestre do ano. O avanço dá sequência a uma série de quatro anos, já que desde 2017 esse mercado teria avançado 180%.
Atualmente, há mais de 700 construtechs e proptechs mapeadas pela Terracota no Brasil e a tendência é que esse número avance para atender à demanda crescente do mercado.
A própria Terracota junto com a consultoria Delloite, realizou outra pesquisa com empresas de construção, validando que 28% delas demonstram intenção em investir em tecnologia em 2020. A pesquisa também mostrou que 25% pretendem inovar fazendo parcerias com startups e 53% das grandes empresas do ramo apostam em startups como elemento chave de inovação em suas corporações. “No último ano, o volume de investimentos em construtechs e proptechs cresceu 274%. É preciso entender que pessoas, processos e tecnologia andam sempre juntos. Não há inovação sem uma liderança que invista em cultura, capacitação das pessoas e atração de talentos. Tecnologia não é o fim, mas sim o meio para potencializar algo”, diz Bruno Loreto, economista e managing partner da Terracotta Ventures.
Ele também acredita que outras inovações irão impactar os modelos de negócios no setor imobiliário, como os voltados a rentabilizar a locação dos imóveis com experiência e serviços focados nos clientes. “Começaremos a ver mais startups captando rodadas maiores e se tornando conhecidas do grande público. O fenômeno que aconteceu com Quinta Andar e Loft, por exemplo, será cada vez mais comum. Também devemos ver um maior uso de soluções baseadas em dados para tomada de decisão”, conclui.