Vendas de cimento crescem, mas falta de infraestrutura preocupa o setor

Redação – 09.09.2020 – O ano está bom para o setor cimenteiro e o compilado das vendas de agosto confirmam a curva ascendente. No mês passado, foram vendidas 5,7 milhões de toneladas de cimento, o que representa crescimento de 13,6% sobre o mesmo mês de 2019. No compilado do ano (janeiro a agosto), o avanço […]

Por Redação

em 9 de Setembro de 2020

Redação – 09.09.2020 –

O ano está bom para o setor cimenteiro e o compilado das vendas de agosto confirmam a curva ascendente. No mês passado, foram vendidas 5,7 milhões de toneladas de cimento, o que representa crescimento de 13,6% sobre o mesmo mês de 2019. No compilado do ano (janeiro a agosto), o avanço foi de 7,5%, totalizando a venda de 38,6 milhões de toneladas.

Os dados são do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic), que também mede a alta de vendas por dia útil do ano. Em agosto, por exemplo, foram vendidas 244,4 mil toneladas por dia útil e isso representa crescimento de 3,7% sobre o mesmo período do ano passado.

Para o Snic, contudo, ainda é cedo para comemorar recuperação diante da forte queda que e o setor sofreu entre 2015 e 2018, quando foram fechadas 20 fábricas e dezenas de fornos, provocando capacidade ociosa acima de 45% na produção do setor. “Desde então estamos sofrendo forte pressão de custos de energia elétrica, energia térmica, frete e outros insumos do processo produtivo do cimento, além de um enorme custo de capital investido. Por isso é fundamental para o setor o retorno dos lançamentos imobiliários, a manutenção do ritmo das obras e da atividade econômica que manterá o folego do autoconstrutor. A infraestrutura continua sendo uma atividade de extrema importância para a indústria do cimento, mas ainda permanece com uma performance bem abaixo do necessário”, diz Paulo Camillo Penna, presidente do Snic.