Energia Eólica tem custo final mais baixo que outras matrizes renováveis, mostra estudo

Redação – 15.09.2020 – Um estudo realizado pela Câmara de Comercialização de energia Elétrica (CCEE) aponta que a energia eólica tem o custo mais baixo entre todas as fontes renováveis pesquisadas. A geração a partir do vento ficou à frente das PCHs, solares fotovoltaicas e térmicas a biomassas. O resultado evidenciou a geração eólica como […]

Por Redação

em 15 de Setembro de 2020

Redação – 15.09.2020 –

Um estudo realizado pela Câmara de Comercialização de energia Elétrica (CCEE) aponta que a energia eólica tem o custo mais baixo entre todas as fontes renováveis pesquisadas. A geração a partir do vento ficou à frente das PCHs, solares fotovoltaicas e térmicas a biomassas. O resultado evidenciou a geração eólica como sendo a mais barata entre 2015 e 2019.

Segundo o CCEE, foram avaliados os valores atrelados à produção, considerando os custos médios dos leilões, despacho de usinas termelétricas, controle secundário de frequência, superávit/déficit de energia no Mecanismo de Realocação de Energia, deslocamento de geração hidrelétrica e repactuação do risco hidrológico.

As usinas eólicas apresentaram os menores custos nos últimos cinco anos em decorrência dos preços mais baixos praticados nos leilões de contratação, apesar dos valores adicionais da fonte, como o custo de despacho de termelétricas e controle secundário de frequência em decorrência da sua geração intermitente. Em 2016 foi registrado o maior custo (R$ 230,9/MWh), visto que houve um adicional de 25% decorrente do acionamento de térmicas.

A segunda fonte mais barata, de acordo com o estudo, foi a térmica a biomassa, que tem seu custo caracterizado exclusivamente pela contratação dos leilões, cujo preço médio foi de R$ 253,5/MWh.

Em terceiro lugar destacam-se as PCHs, que apesar de ter valores menores nos certames, terminaram com o custo final mais elevado por conta do déficit hídrico, como apresentado em 2017, em que houve o acréscimo de 39,5% em virtude da repactuação do custo hidrológico e 21% decorrente do déficit de energia no MRE aos valores dos leilões, conforme gráfico abaixo.

A geração solar ainda apresenta o custo mais elevado, visto que as usinas em operação foram as primeiras contratadas em leilões a preços elevados.