Obras do Complexo Chafariz, na Paraíba, já completaram um ano em outubro
A Neoenergia avança na construção do Complexo Eólico Chafariz, no sertão da Paraíba, que tem previsão de conclusão em janeiro de 2022 e vai dobrar a capacidade instalada de geração eólica da companhia no país, segundo a empresa. Em um ano de obras, marco registrado em outubro, foram realizadas 34,6% das intervenções civis. Desde o início do projeto, soluções sustentáveis têm sido priorizadas, como o uso de steel frame, uma técnica que gera menos resíduos na construção.
A estratégia no Brasil segue em consonância com a da Iberdrola, sua acionista controladora, que é líder mundial em energias renováveis e nos últimos 20 anos destinou mais de 100 bilhões de euros para investimentos na área. O plano global do grupo é neutralizar as emissões de carbono até 2050.
“A expansão da carteira eólica é o foco da Neoenergia, contribuindo com um modelo socioeconômico mais sustentável. Os novos investimentos, que têm a construção do Complexo Chafariz como um dos protagonistas, farão com que a companhia chegue a 2022 com 90% da capacidade instalada de energias renováveis, uma matriz energética ainda mais limpa do que a brasileira”, afirma a diretora de Renováveis, Laura Porto.
Capacidade para abastecer até 3 milhões de pessoas
Chafariz terá 15 parques eólicos, com capacidade instalada de 471,2 MW, o suficiente para abastecer 3 milhões de pessoas. Essa energia será produzida por 136 aerogeradores modelo SG132, com 3,4 MW de potência unitária e pás que alcançam 65 metros de comprimento. Além da eficiência dos equipamentos, foi determinante na escolha o estímulo ao desenvolvimento local, já que eles serão fabricados pela Siemens Gamesa, em Camaçari, na Bahia.
Em 12 meses de obras, foram concluídas 100 fundações para receber os aerogeradores, nove delas concretadas em apenas uma semana, acima da média em projetos no país. Também foi realizada a montagem da primeira torre da linha de transmissão que vai conectar o complexo eólico aos centros de consumo. A conexão do Complexo Chafariz será realizada na Subestação Santa Luzia 2, também sendo construída pela Neoenergia – que venceu o lote 6 do leilão 002/2017 realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Obras movimentam mão de obra local na Paraíba
Em outubro, quase 1,4 mil profissionais estavam empregados em dois canteiros na região do município de Santa Luzia, a cerca de 260 quilômetros da capital João Pessoa. Já são computadas mais de 1,5 milhão de horas de trabalho. A mão de obra tem aproximadamente 40% de trabalhadores locais e, para estimular o desenvolvimento socioeconômico na região, a Neoenergia realizou cursos profissionalizantes em parceria com o Senai, onde foram capacitados cerca de 115 trabalhadores, dos quais 15 foram contratados para trabalhar no próprio empreendimento.
O avanço nas obras durante a pandemia foi possível graças a um protocolo de saúde e segurança, que incluiu ações como a obrigatoriedade do uso de máscaras e o distanciamento entre os colaboradores. A companhia fez testagem em massa de todos os profissionais que atuam na obra, priorizando os que são da região. Também foram doados 770 testes rápidos de Covid-19 para as prefeituras locais, 17 termômetros digitais e kits de higiene para as secretarias de saúde e cestas básicas para as comunidades quilombolas locais.
Três subestações garantem distribuição da energia gerada
O complexo eólico contará com três subestações, que já estão com os transformadores instalados, cada um com potência de 100 MVA. Esses equipamentos servem para elevar a tensão da energia, com o objetivo de reduzir perdas.
Atualmente está em construção a maior Casa de Comando que o grupo Neoenergia já instalou no Brasil, que fica na subestação Sul II, de onde serão comandadas uma parte das atividades – as outras Subestação Norte e Sul I, serão comandadas à remotamente, da sede da Neoenergia, no Rio de Janeiro. A celeridade na construção da Casa de Comando foi reforçada pela técnica escolhida, de steel frame, em que são utilizadas estruturas de aço galvanizado com placas cimentícias na área externa e gesso na parte interna. A montagem aconteceu em 60 dias, três meses menos do que a média de outros sistemas. Além disso, para reduzir o prazo de implantação, utilizamos eletrocentros, estruturas que comportarão os cubículos de média tensão numa espécie de container especialmente preparado para isto. Os mesmos chegarão prontos e pré-comissionados de fábrica e serão apenas acoplados na estrutura de fundação.
“Tivemos mais agilidade e ganhos ambientais ao optar por essas soluções no projeto. Devido à escolha de materiais e métodos construtivos inovadores, reduzimos a quantidade de resíduos na obra, além de usar uma menor quantidade de recursos como a água, que é bastante escasso na região”, comemora o gerente de Construção de Renováveis da Neoenergia, William Carneiro.
Novos investimentos continuam no Nordeste
Além de Chafariz, a Neoenergia está investindo no Complexo Eólico Oitis, que está em fase de licenciamento ambiental. Serão construídos, até 2022, 12 parques entre a Bahia e o Piauí, com capacidade instalada de 566,5 MW. A companhia chegará a 1,6 GW de potência instalada, total suficiente para atender 10 milhões de pessoas, população de um país como Portugal. Em Oitis, 96% da energia gerada irá para o mercado livre, ampliando os negócios do grupo.