A 5G será uma geração de tecnologias móveis que transformará a sociedade, ao prover a base de conectividade necessária para digitalizar diversos aspectos do mundo que nos rodeia. Para isto, não trará apenas uma nova interface de rádio e um novo núcleo de rede, mas também consolidará um novo foco em arquitetura, chamado segmentação ou fatiamentode rede (network slicing).
O que a arquitetura propõe é, graças a virtualização, dividir a infraestrutura de rede em diversas fatias ou segmentos que se comportam como uma única rede independente configurada para um cliente ou negócio específico. Isto permite às operadoras dispor, diante de uma mesma infraestrutura, de diversas redes com características de desempenho diferentes.
Assim as operadoras poderiam criar segmentos de rede para usuários ou aplicações concretas, como por exemplo para segurança pública, para empresas específicas, para roaming, operadoras virtuais e vários outros casos de uso. Cada uma delas, pode ter diferentes parâmetros ou requisitos de funcionalidade, como prioridade, controle de políticas, segurança, mobilidade, e desempenho, como latência, disponibilidade, taxas de transferência e confiabilidade.
Outra vantagem do fatiamento de rede é que cada aplicação, dispositivos ou cliente pode “ver” o segmento de rede destinada, sendo os demais invisíveis e inacessíveis.
Algumas indústrias que poderiam se beneficiar graças ao uso do network slicing são realidade aumentada e realidade mista, indústria automotiva, de energia, de saúde, de manufatura, da Internet das Coisas (IoT), da segurança pública e de cidades inteligentes.
O fatiamento de rede foi definido pelo Release 15 do Projeto de Associação para a 3ra. Geração (3rd Generation Partnership Project, 3GPP). Atualmente, uma equipe de usuário (EU) pode ser servida por até oito segmentos de rede por vez. O 3GPP também identificou quatro tipos de segmento / serviço (Slice/ Service Types, SST) que correspondem à banda larga móvel melhorada (eMBB, enhanced Mobile Broadband), comunicações ultra confiáveis de baixa latência (URLLC, Ultra Reliable Low Latency Communications), Internet das Coisas Massiva (MIoT, massive Internet of Thinks) e V2X (Vehicle-to-Everything ou veículo a todo).