Redução do auxílio emergencial e desemprego impactam vendas do cimento, diz Snic

Redação – 09.12.2020 –  As vendas de cimento no Brasil acumuladas até novembro continuam registrando alta no ano, mas resultado do último mes foi o pior desde junho. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), o volume de vendas em novembro totalizou 5,3 milhões de toneladas, um crescimento de 11,7% em […]

Por Redação

em 9 de Dezembro de 2020

Redação – 09.12.2020 – 

As vendas de cimento no Brasil acumuladas até novembro continuam registrando alta no ano, mas resultado do último mes foi o pior desde junho.

De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), o volume de vendas em novembro totalizou 5,3 milhões de toneladas, um crescimento de 11,7% em relação ao mesmo mês de 2019. No acumulado do ano (janeiro a novembro), os números também foram positivos, alcançando 56 milhões de toneladas, aumento de 10,4% comparado ao mesmo período do ano passado.

Mas ao se analisar a venda de cimento por dia útil de 240,2 mil toneladas em novembro, a queda é de 5,2% comparada com ao mês anterior – o que pode indicar que o período de maior crescimento no ano tenha ficado para trás.

A redução do auxílio emergencial, da poupança e das reservas pessoais (daqueles que fizeram reformas), da confiança do consumidor e do empresariado e o desempenho da construção civil abaixo do projetado para o segundo semestre foram causas objetivas do menor volume de vendas de cimento em relação aos meses de junho a outubro de 2020, segundo o Snic.

Em razão da redução de 50% do auxílio emergencial, a região Nordeste tem seu desempenho abaixo do histórico observado durante o período de recuperação de vendas (junho a novembro). Nesta região, 44% da população vive com menos de R$ 420 por mês. Sem o benefício de apoio durante a pandemia, o seu poder de compra cai drasticamente afetando de modo significativo a performance de vendas do setor cimenteiro.

“A confiança dos consumidores recuou pelo segundo mês consecutivo , de acordo com estudo da FGV. Isto é reflexo da piora da situação atual e das expectativas para os próximos meses. A incerteza relacionada à continuidade da pandemia e seu potencial impacto sobre a economia geram a desconfiança. Com a provável extinção dos benefícios emergenciais, muitos consumidores sentirão pela primeira vez, de fato, o impacto da pandemia na renda familiar. Ao mesmo tempo, os empreendedores da construção civil também demonstraram um menor otimismo sobre o desempenho da atividade”, diz Paulo Camillo Penna, presidente do Snic.